4 décadas de balcão e um giro pelo Brasil

Quando comecei, em Assis Chateaubriand, no Paraná, era o ano de 1975. Nós trabalhávamos com linha geral de automóveis e caminhões. Eram poucos modelos de veículos em produção nessa época e, por isso, o aprendizado se tornava um pouco mais simples. Acontece que nessa época não tinha controle de estoque. Os preços, por exemplo, eram feitos manualmente, com etiquetas nas embalagens.

Anos depois, em Sete Quedas, aqui no Mato Grosso do Sul, o mercado era diferente. Era tudo na base da confiança. Nesse tempo nossa especialidade era linha de caminhões. Esse era o forte das vendas. Estive uma temporada em Juiz de Fora (MG), onde trabalhávamos com linha leve.

Retornei ao Paraná em 1982. Lá tinha uma coisa bem interessante. Marechal Cândido Rondon era uma cidade tipicamente alemã. Lá, o forte era a linha Volkswagen. Em 2005, vim para Ponta Porã (MS). Aqui a coisa é realmente. Tratamos com uma frota muito variada por causa do Paraguai, que tem caminhões de todas as partes do mundo. Por isso, muita gente que enfrenta dificuldade para encontrar uma peça vem até a gente. Temos uma variedade muito grande, o que implica também um aprendizado muito grande. Os consumidores compram as peças de caminhões brasileiros e dão um jeito de se adaptarem aos veículos lá do outro lado.

O BALCONISTA NÃO PODE SE DESCUIDAR

Desde que comecei, há mais de 40 anos, muita coisa evoluiu. Na época eram poucos veículos e caminhões. E isso foi mudar só nos anos 1990, quando o então Presidente Collor abriu as portas do país para as montadoras do mundo todo. É bem verdade que ainda estamos atrás de vários países, mas já demos uma boa caminhada. Por conta de todas essas transformações, o balconista não pode se descuidar. Não pode ficar para trás. Eu, particularmente, gosto muito dessa necessidade de estar constantemente aprendendo.
Adhemir Keller é balconista há mais de 40 anos. Hoje, trabalha na Estrela Autopeças, que fica em Ponta Porã (MS).

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