O custo para produção de veículos subiu consideravelmente nos últimos anos; assim, algumas montadoras tiveram de encontrar saídas para conter esses gastos.
É fato que os preços dos carros não param de subir, mas eles poderiam ser ainda mais caros se as fabricantes não fizessem algumas manobras (legítimas, que fique claro) para conter a escalada.
A alta no dólar, os custos de matérias-primas e a escassez de componentes para a montagem de automóveis são alguns dos motivos para que as montadoras desistam de produzir alguns de seus veículos populares.
Quanto mais caras são as peças, mais caro é o preço final do automóvel. Dessa forma, o conceito de “carro popular” não condiz com o preço pelo qual ele é colocado no mercado.
Além disso, algumas montadoras vêm barateando versões de entrada de outras linhas, igualando os valores ao dos populares. Outras buscam diminuir os custos de montagem de maneiras diferentes. Confira 5 delas.
Atualmente, as linhas de montagem de veículos priorizam realizar apenas processos essenciais como fundição de motores, estamparia e soldagem da lataria, de modo que as autopeças menores passam a ser importadas. Essa terceirização é chamada de “sisteminha”.
Entre os itens importados, os painéis são uns dos mais comuns; dificilmente as montadoras brasileiras irão fabricá-los por aqui. Assim, eles já chegam ao país prontos para serem instalados, assim como os bancos, rodas, vidros, entre outros.
As fabricantes optam por essa prática pelo fato de economizar em subsetores, espaços e máquinas para montagem, ocupando-se apenas da finalização do automóvel em si.
Além disso, muitas destas fábricas produzem os mesmos componentes para mais de uma montadora.
O que seriam “pequenos detalhes”? Bem, imagine os parafusos das rodas do carro (são 4 para cada). Se a montadora utilizar apenas 3, ela faz uma economia em pequena escala, o que, com o tempo, reduz os gastos em um nível considerável. Isso também ocorre com outros componentes de mínimo porte.
Algumas montadoras se juntam para colaborar na fabricação de motores; assim, cada uma arca com metade dos gastos, reduzindo o custo total para ambas. Essa é uma prática comum dentro dos conglomerados automotivos.
Um exemplo desses conglomerados é a General Motors (GM), que congrega grandes marcas como Chevrolet, Cadillac, Pontiac e GMC. Assim, apenas um motor é suficiente para as quatro empresas. O mesmo motor também serve a diferentes modelos de uma mesma marca. Um sedan, por exemplo, pode dividir o motor turbo com um SUV.
Além disso, montadoras de grupos diferentes também fazem acordos entre si e colaboram para desenvolver motores idênticos para diferentes propostas de carros.
Com o avanço das exigências e restrições por parte da Europa, o custo para manter fábricas locais e internacionais foi ficando mais caro a cada ano. Diante disso, as montadoras brasileiras preferem encerrar suas atividades nacionais e montar seus veículos na Ásia.
A Honda, por exemplo, deu fim à produção do Civic, passando somente a importá-lo.
Ter uma plataforma para cada carro demanda investimentos separados e de alta complexidade. Dessa forma, a exemplo dos motores compartilhados citados anteriormente, a produção de diferentes veículos com estruturas comuns entre si implica em redução de custo.
Em resumo, soma-se uma pequena economia aqui, outra acolá, e no final a diferença pode ser maior do que se esperava.
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