Segurança no trânsito para mulheres, idosos e crianças: por que é preciso melhorá-la
Até hoje, os veículos são testados de acordo com o corpo padrão adulto masculino, o que afeta a segurança no trânsito para quem não se encaixa nesse perfil.
Quando os primeiros carros saíram às ruas, apenas homens – salvo exceções – dominavam a direção, e eram incentivados a isso. No entanto, sabemos que hoje a situação é outra, já que a direção faz parte do cotidiano feminino, bem como da terceira idade. Além disso, embora crianças não dirijam, elas são passageiras e demandam atenção.
A legislação exige que, antes de serem lançados ao mercado, os carros passem por avaliações criteriosas. Mas na maioria dos testes de colisão, por exemplo, é utilizado apenas um manequim baseado no corpo adulto masculino.
Haja vista as diferenças significativas entre este e demais biotipos, fica a pergunta: qual a garantia de que os resultados também se aplicariam a outros perfis?
Mulheres
De acordo com pesquisa da Safer, o risco de mulheres sofrerem ferimentos graves em uma acidente é duas vezes maior em relação aos homens. Como atenuante, a empresa acredita numa evolução considerável nesse quesito até 2030.
Idosos
Estudos voltados à segurança do trânsito na terceira idade indicam que pessoas acima de 65 anos têm 9 vezes mais chances de sofrerem graves lesões em acidentes automotivos. Além da maior fragilidade conforme o avanço da faixa etária, outros fatores, como o uso de acessórios inadequados, podem contribuir para tais estatísticas.
Crianças
Quanto ao público infantil, é imprescindível que os pais ou responsáveis providenciem assentos de segurança adequados para cada idade. Outro ponto a ser salientado diz respeito às trágicas mortes por insolação ou falta de ar quando a criança é esquecida dentro do carro.
Para alertar sobre esses casos, um pioneiro sistema de sensor de alta precisão, capaz de identificar até um bebê, emite um alerta quando uma criança desacompanhada é identificada. O aviso pode vir por meio de luzes piscando, sons ou mensagens via smartphone. Trata-se do VitaSense, da empresa IEE, localizada em Luxemburgo.
Atualmente, tanto os Estados Unidos quanto a Europa já consideram a possibilidade de regulamentar esse modelo de monitoramento. Acompanhando a novidade, o SUV Genesis GV70 é o primeiro carro a já sair de fábrica com o sensor.
Outros cuidados
Sejam idosos, mulheres ou crianças, todos os motoristas e passageiros não devem sentar em cima de almofadas ou com objetos atrás das costas, pois isso afeta a posição do cinto de segurança, aumentando o risco de lesões torácicas.
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