Bieleta: entenda a função da peça
Para os veículos que a possuem, a bieleta é indispensável e exige atenção redobrada na hora da revisão.
A parte mecânica de um veículo precisa de revisões periódicas e preventivas para assegurar o bom funcionamento de todos os sistemas. É claro que algumas peças tendem a passar por inspeções e substituições mais vezes, enquanto outras têm uma durabilidade maior.
No que diz respeito à suspensão, um dos componentes que mais necessitam de atenção é a bieleta. Mas para que serve a bieleta?
Trata-se de um pequeno componente com a função de conectar a barra estabilizadora à suspensão. Veja bem: é a barra estabilizadora que controla a inclinação do carro, mantendo todas as rodas em contato direto com o asfalto e auxiliando na estabilidade durante as curvas.
A bieleta, por sua vez, tem a missão de transmitir adequadamente as forças dinâmicas, o que a torna indispensável.
Por que a bieleta requer maior atenção?
Todas as forças que atuam no veículo, como impactos e vibrações, são recebidas pelas bieletas. Por essa razão, essa pequena peça precisa estar sempre em perfeito funcionamento. Caso contrário, a estabilidade fica comprometida, reduzindo drasticamente a segurança do condutor e passageiros.
Quanto dura sua vida útil?
É impossível mensurar a durabilidade de uma bieleta com base na quilometragem rodada, uma vez que seu desgaste está ligado diretamente com o uso e forma de condução. No entanto, sempre que essa peça começa a apresentar mau funcionamento, ela produz ruídos.
No entanto, para condutores que não conhecem esse tipo de barulho, pode ser difícil observar se ele vem da bieleta ou de outro componente. Seja qual for a razão, é importante ficar alerta.
O uso comum pode ser uma das causas de desgaste, levando a peça até o limite de sua vida útil. Mas a falta de lubrificação ajuda a deteriorar a bieleta de forma prematura.
Em relação ao segundo caso, o defeito pode ser provocado pelo rompimento da coifa que acompanha a bieleta ou por alguma folga.
É possível reparar a bieleta?
Algumas oficinas podem até oferecer o serviço de restauração da bieleta, consertando os defeitos e eliminando o ruído da suspensão. Entretanto, é preciso ter muito cuidado com esse tipo de manutenção.
Em locais pouco confiáveis, para mascarar o desgaste, peças usadas são vendidas como se tivessem sido consertadas. Assim, o veículo não tarda a apresentar o mesmo problema.
Curiosidades
Veículos hatches mais antigos da Peugeot, como o 206 e 207, não contam com uma suspensão bem dimensionada para as condições brasileiras de tráfego. Aqui, o asfalto traz muitas irregularidades, buracos e poeira em excesso, com frequência. Por isso, esses e outros modelos franceses acabam desgastando alguns componentes mais rapidamente, entre eles a bieleta.
Por fim, é preciso lembrar que alguns automóveis de entrada não possuem barra estabilizadora dianteira, ou seja, também não possuem bieletas. Exemplos disso são o Fiat Mobi e o Chevrolet Celta.
Quem possui esses veículos precisa ter cuidado na hora da revisão, assim como ao comprar amortecedores; afinal, o conjunto para um carro que tem barra estabilizadora não é o mesmo para um que não possui.
Se você já sabe que seu quatro rodas não tem barra estabilizadora e o reparador condenar a bieleta, fuja dele porque é golpe.
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