Quais os maiores boatos envolvendo carros elétricos?
Os carros elétricos vêm ganhando popularidade no mundo todo, principalmente na Europa e nos Estados Unidos. Como esse tipo de automóvel ainda não chegou em peso no Brasil, muitos têm dúvidas sobre o comportamento desses modelos nas ruas. Vários boatos sobre eles foram disseminados, e a grande maioria não são verdadeiros. Confira os mitos ao redor destes veículos.
FATOS
– Menos chance de incêndio que um modelo convencional
Segundo a National Fire Protection Association (grupo especialista em incêndios nos EUA), carros movidos a gasolina tem cinco vezes mais probabilidade de pegar fogo quanto um elétrico. Isso não significa que isso nunca possa acontecer. O Tesla Model S teve algumas unidades que tiveram acidentes do gênero, mas foram apenas três de 20 mil automóveis que deixaram a fábrica.
– Baterias duráveis
Os norte-americanos dirigem uma média de 64 quilômetros por dia, de acordo com o Departamento de Transportes dos EUA. Mesmo os veículos elétricos de menor alcance podem percorrer mais de duas vezes essa distância antes de precisarem ser carregados. Entre os elétricos acessíveis, o Nissan Leaf pode funcionar por uma média de 240 km com uma carga, enquanto o Chevrolet Bolt EV aumenta para 383 km, e a versão totalmente elétrica do Hyundai Kona possui uma faixa de operação de 415 km.
BOATOS
– São carros lentos
Os carros elétricos são normalmente mais rápidos que os convencionais. Isso porque o motor elétrico gera 100% do torque disponível imediatamente. Quando um motorista coloca o pé no acelerador, a transição do estacionário para a velocidade é instantâneo. Como exemplo, o croata Rimac C Two é um dos veículos mais velozes do mundo, alcançando os 415 km/h (em 1,85 segundo chega de 0 a 100 km/h).
– As baterias “viciam” rapidamente
De acordo com relatórios publicados, os modelos Nissan Leaf que eram usados como táxis retiveram 75% da capacidade da bateria após 190 mil quilômetros andados. Diz-se que um dono da Tesla pode ter 90% da vida útil da bateria de seu carro após 320 mil quilômetros. Uma vez esgotadas, as baterias, como 99% das baterias encontradas em carros convencionais, podem ser recicladas. Por exemplo, células de energia em carros elétricos podem ser usadas para armazenar energia solar e eólica, ou podem ser quebradas com seus elementos mais valiosos reutilizados.
– Não ajudam tanto o meio-ambiente
Os motores elétricos convertem 75% da energia química das baterias para alimentar as rodas. Em comparação, os motores de combustão interna convertem apenas 20% da energia armazenada na gasolina. Além disso, esses veículos não emitem poluentes diretos do tubo de escape.
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