Devemos ser otimistas?
Depois dos dados preocupantes no ano de 2015 no setor automobilístico, que indicaram queda no setor, otimistas e pessimistas começam a discutir com mais força ainda o futuro do mercado interno. Nesse cenário acalorado, Stefan Ketter, presidente da FCA (Fiat Chrysler Automobiles) da América Latina, fez previsões muito similares as da Anfavea, que indicam um segundo semestre de reação e um resultado final de menos 7,5% ou algo em torno de 2,38 milhões de veículos leves e pesados.
Para o empresário, o brasileiro deve ser menos crítico quando fala de si, acreditando mais em seu talento. Essa posição é bastante inesperada, já que a Fiat, líder de mercado, tem dois produtos novos este ano (picape Toro e o subcompacto Mobi). A outra marca da FCA, a Jeep, também vai vem, uma vez que abriu uma fábrica inteiramente nova em Pernambuco.
Do outro lado, quatro dias depois dessa declaração, Dan Ammann, presidente mundial da GM, veio ao Brasil e mostrou bastante preocupação com os rumos econômicos e políticos do país. Ele afirmou que teremos que reavaliar os investimentos de 6,5 bilhões de reais se a situação não se inverter até meados de 2017. Além disso, Ammann acrescentou que o país não é competitivo de modo geral, inclusive quando o assunto é exportação de automóveis, e que, segundo sua previsão, neste ano serão vendidos no máximo 2 milhões de unidades.
Outro representante do setor que deu declarações foi David Powels, presidente da Volkswagen do Brasil. Ele reconheceu que existem muitas dificuldades na indústria automobilística, mas não mencionou a diminuição de investimento e o adiamento de planos. Quatro dias depois o presidente da JAC Motors, Sérgio Habib, conhecido como mestre das estatísticas, comparou o que acontece com o Brasil a outras quedas de outros países bem recentes. Segundo ele, teremos uma queda superior a 20%, regredindo para o ano de 2006, quadro que acometeu no passado Estados Unidos, Espanha, Itália e Portugal.
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