Diversas evoluções cercam o setor automotivo todos os dias. Novos equipamentos de segurança, novas tecnologias de interação e diferentes aprimoramentos no design de carrocerias preenchem manchetes de jornais e revistas. Entretanto, mesmo com esses desenvolvimentos, poucos avanços são feitos na acessibilidade de carros, principalmente quando estes são destinados aos cadeirantes. Entender as necessidades deste público nem sempre é fácil para quem usa veículos padronizados, por isso a importância de debater esse assunto. Entenda a burocracia em torno da compra desses carros:
Locomover-se em transportes públicos, táxis ou calçadas é algo simples para muitos. No entanto, quando a tarefa inclui realizar tudo isso a bordo de uma cadeira de rodas a realidade torna-se completamente outra. A quantidade de ônibus e carros adaptados ainda é extremamente baixa, sendo que em algumas cidades alguns cidadãos são, inclusive, obrigados a esperar horas pelo meio de transporte correto. Com este cenário não seria uma surpresa se a procura por veículos próprios aumentasse.
A venda e a fabricação de veículos adaptados foi motivo de pesquisa para um grupo de alunos da Faculdade de Engenharia Mecânica da UFU (Universidade Federal de Uberlândia). Entre análises, eles apresentaram uma realidade eminente no meio automobilístico. “Portadores de deficiência física no Brasil ainda são considerados pessoas improdutivas. Adaptar o carro, em seus casos, é uma missão desafiadora. Por exemplo, pessoas com deficiência nos membros inferiores gastam bem mais, pois os equipamentos são mais caros”.
De acordo com a Abridef (Associação Brasileira da Indústria, Comércio e Serviços de Tecnologia Assistiva), em 2015 apenas 100 mil carros foram comercializados para esse fim. Porém, mesmo com a alta demanda, a dificuldade em adquiri-los continua alta. O motivo? A pouca quantidade de modelos nas lojas e a burocracia na hora da venda.
Direitos
Além de custosas, as diferentes adaptações realizadas nos carros geram despesas contínuas para os seus motoristas. Revisões, manutenções e solicitações de documentos específicos acabam por fazer o valor do automóvel aumentar consideravelmente.
Para tornar a aquisição mais simples, diferentes taxas e impostos são retirados, entre eles IPI, IOF, ICMS e IPVA. Para ser legível é necessário que o modelo esteja abaixo do valor teto de R$ 70 mil, permitindo que os descontos cheguem até 30%.
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