Nicarágua e a capital das ruas invisíveis

 Nicarágua e a capital das ruas invisíveis

O próximo destino do Intercâmbio do Balconista S/A fica na América Central. Conheceremos mais sobre a Nicarágua, o maior país em tamanho deste continente. Apelidada de terra dos lagos e vulcões, a nação possui uma das mais vastas florestas pluviais da região. A capital da Nicarágua, Manágua, é a cidade mais populosa, com pouco mais de um milhão de habitantes. Esse lugar é curioso por uma peculiaridade: a grande parte das ruas não tem nome, são “invisíveis”.

Pontos de referência, monumentos e lojas são a maneira de conseguir chegar a um endereço na capital da Nicarágua. É comum as pessoas indicarem as seguintes direções: “Aonde era o Cine Rex” (um lugar que não existe mais, por exemplo), “sentido ao lago” e “para baixo e dois quarteirões para a esquerda”. O motivo de toda essa confusão foi o terremoto de 23 de dezembro de 1972. A catástrofe danificou severamente Manágua e suas ruas, deixando esse legado, que também trouxe outras consequências: não existe um centro no município e muitas casas estão sem numeração, algo com que os nicaraguenses já se acostumaram, mas que é um problema para os turistas.

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Sendo assim, para conhecer a cena das autopeças em Manágua você deve partir da Estátua de Montoya e seguir cinco quarteirões em direção ao lago. Pronto, você chegou à Bodega Automotriz. A autopeça está há 25 anos aberta, desde 1993. Para conhecer a cena do setor neste país da América Central, conversamos com Marlon Briones Castillo, de 36 anos, gerente de vendas da loja.

Eles nos conta que a Bodega Automotriz é uma loja que conta com uma grande equipe de funcionários: 30 trabalhadores. O fluxo de clientes para todo esse time é massivo, e Marlon Briones explica as principais requisições dos seus consumidores. “As pessoas, em sua maioria, chegam aqui com problemas de suspensão e direção. Os componentes de motor são os mais procurados, até por serem peças mais delicadas”, revela.

Sobre o setor das lojas de autopeças, Marlon Briones conta que apesar de não existirem tantos carros na capital da Nicarágua, a concorrência vem aumentando com o tempo: “Todo ano abrem duas ou três lojas do tipo”.  Ele também nos diz que a maioria dos componentes chegam da Ásia, de países como China, Coreia do Sul, Japão e Taiwan.

Atualmente, a Nicarágua passa por um período difícil. Os protestos contra o governo que ocorrem desde abril, já causaram centenas de mortes entre os manifestantes civis. O gerente de vendas disse que esse momento violento afeta os comerciantes e espera um desfecho pacífico logo. “Rezamos a Deus para que tudo melhore e possamos trabalhar em paz”, finaliza.

Hilux dá as cartas

Na Nicarágua, a Toyota Hilux é o líder de vendas e, por consequência, o veículo mais visto nas ruas invisíveis de Manágua. Já fazem décadas que o modelo da montadora japonesa domina o mercado deste país centro-americano.

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Para se ter uma ideia, em 2016, de cada 10 automóveis vendidos na Nicarágua, dois eram uma Hilux. Nesse mesmo ano, 2.300 unidades novas do modelo ganharam as ruas.

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