Ao contratar uma seguradora para o veículo, muitos condutores não sabem o que é levado em consideração na hora de precificar uma proposta de apólice.
Você sabia que em alguns lugares ao redor do mundo a cor do carro influencia no valor do seguro? Pelo menos é isso que indica o estudo do Centro de Pesquisa de Acidentes da Universidade de Monash, da Austrália.
Os autores alertam que veículos de tonalidades mais claras proporcionam maior segurança quando comparados aos veículos escuros. Mas será que isso também se aplica ao Brasil?
Para traçar uma linha de raciocínio mais coesa, é bem simples entender de que forma os pesquisadores chegaram a essa conclusão: os automóveis pretos são bem mais difíceis de serem notados à noite, por exemplo, enquanto os brancos despertam maior atenção.
Com isso em mente, fica fácil compreender que os automóveis pretos são grandes alvos para o ‘desaparecimento’ nas estradas. Portanto, de acordo com essa lógica, o estudo vale para qualquer região do planeta.
Em terras brasileiras, são vários os fatores que estabelecem o valor do seguro de um veículo no ato da contratação. Entre os principais pontos avaliados estão a faixa etária do condutor, idade do veículo, área onde o proprietário reside, valor da Tabela Fipe, gênero do motorista e número de quilômetros rodados.
Entretanto, o Brasil parece não levar em consideração a cor do carro para determinar o valor da apólice, conforme afirma a Porto Seguro. De acordo com a seguradora, um perfil detalhado do condutor é definido seguindo os critérios citados acima, e a cor do carro não é um critério como fator de análise de risco.
Em outras palavras, a pessoa pode ter um veículo verde, azul, amarelo, vermelho, preto ou prata. Se o perfil do condutor for exatamente o mesmo, o valor também será.
Mesmo que não haja interferência no preço, vale a pena optar por veículos mais claros para garantir a sua segurança. Além disso, carros de cor prata, por exemplo, disfarçam muito bem os possíveis riscos e arranhões na lataria.
É possível que alguma seguradora se recuse a fazer a cobertura. Durante o período de levantamento de dados, análise de perfil e outros fatores, o envolvimento com sinistros antigos também é levado em conta. Se o condutor tiver participado de muitas aberturas de sinistro, ele pode ser classificado como risco para situações similares.
Por isso, mesmo com o seguro em dia, o ideal é dirigir com cautela, estacionar o veículo em locais seguros e evitar deixá-lo passar a noite fora da garagem. É claro que, ninguém se envolve em um acidente ou é furtado porque quer, mas certos cuidados fazem toda a diferença.
A propósito, a seguradora tem quinze dias para avaliar o carro, o perfil e tudo que envolve uma proposta de apólice. Caso a empresa opte por não atender o cliente em potencial, ela precisa apresentar uma justificativa por escrito.
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