A grande ironia da história

 A grande ironia da história

A Alemanha, após a primeira guerra mundial, estava destruída. Só viria a se desenvolver anos mais tarde, com o surgimento de Adolf Hitler como líder, que apesar de ser reconhecido pelas atrocidades contra a humanidade, teve um importante papel no processo de desenvolvimento do país.

Nesse período, as estradas estavam quase prontas e o poder de compra dos alemães aumentava.  Com isso, Hitler notou a necessidade de expandir a indústria automobilística produzindo carros mais baratos e econômicos para a população. E foi nesse contexto que o Fusca nasceu.

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A história que se tinha sobre sua criação era que Hitler, numa reunião com Ferdinand Porsche, esboçou num guardanapo as características principais de um carro popular: deveria ter espaço para dois adultos e três crianças, refrigeração a ar, um motor dianteiro que rodasse 13 km por litro de combustível e, acima de tudo, precisava ter um custo baixo.

O único problema nessa história é que ela não é totalmente verdadeira. E é aí que está a ironia.

De acordo com o historiador Paul Schilperoord, Adolf Hitler roubou a ideia e todo o conceito sobre um carro com fabricação e venda baratas de um engenheiro judeu, Josef Ganz. Em seu livro, “A Vida Extraordinária de Josef Ganz – o judeu atrás do Volkswagen de Hitler”, o historiador conta que Hitler ao conhecer o protótipo de Ganz, passou a se interessar pelo modelo. A ideia era tão boa que nem mesmo o ódio do líder nazista pelos judeus foi capaz de barrá-la.

Em uma entrevista para o jornal Folha de S. Paulo, Schilperoord relata que o engenheiro judeu reconheceu: “Sem Hitler, o Maikafer (o primeiro protótipo de Ganz de 1931) jamais seria construído em larga escala”. Mas, a grande verdade é que, sem Josef Ganz, talvez nós jamais teríamos visto um Fusca nas ruas.

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