História
Por incrível que pareça, os primeiros veículos não tinham volante. Eles eram controlados por uma alavanca, que funcionava como um leme de barco. O Benz Patent-Motorwagen, por exemplo, conhecido como primeiro veículo do mundo, usava esse sistema de direção. Somente em 1894, inspirado em um timão de navio, que o piloto francês Alfred Vacheron adaptou um volante em um modelo da Panhard para participar da corrida entre as cidades de Paris e Rouen. Logo depois, o britânico Arthur Krebs desenvolveu o equipamento em série, e o volante logo estava em todos os carros.
Como funciona?
Na direção mecânica, onde não existe assistência, o sistema mais comum é o de cremalheira e pinhão. Essas duas peças são fixadas em um tubo de metal, com as extremidades da cremalheira saindo pela lateral desse tubo, e ligadas na roda por um terminal de direção. Já o pinhão é fixado na árvore de direção, que está acoplada ao volante. Ao girar o volante, o pinhão movimenta a cremalheira, que direciona o sentido das rodas.
Volantes alternativos
Muitas montadoras já tentaram, sem sucesso, substituir os volantes por tecnologias alternativas. Mesmo funcionando na prática, os consumidores não se sentiam seguros com a inovação. A Ford, por exemplo, criou o “Wrist-Twist”, dois pequenos volantes montados numa junta ligada à coluna de direção, que podiam ser controlados por apenas um dedo. Os modelos Mercury e Thunderbird foram usados nos testes. A GM por sua vez instalou puxadores em um Oldsmobile 1961, que também não cativaram o público.
Você sabia?
O volante de um carro de F1 é basicamente o centro de operações do piloto. São mais de dez botões que controlam cerca de quarenta funções entre mudanças na aerodinâmica do carro, comunicação com a equipe, regulagem do motor, e até mesmo água para matar a sede durante a corrida.
O fim dos volantes?
Hoje, o Lexus RX 450h, veículo que recebeu tecnologia da Google para dirigir sozinho, já circula em áreas limitadas de quatro cidades americanas. Como não tem motorista, o modelo autônomo dispensa o volante. Outras montadoras já apresentaram diversos carros conceito que abandonaram a peça para ganhar espaço. Recentemente, a gigante das buscas foi até o congresso dos Estados Unidos pedir pela liberação do veículo inteligente nas estradas. Se isso acontecer, pode ser o começo da extinção dos volantes.
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