A previsão para 2018 era extremamente positiva. 3 milhões de automóveis em produção. Infelizmente, esse número não foi alcançado. As vendas, por sua vez, se aproximaram de 2,9 milhões no ano passado – o que não é ruim, visto que esse resultado foi o melhor dos últimos três anos (2016, 2017, 2018).
Agora, a pergunta é: por que a produção de veículos no Brasil não atingiu a expectativa, sendo que esta é sempre baseada em estudos concretos e nas tendências econômicas? Vamos por partes. Em termos de vendas no mercado interno, houve superação de projeções.
As montadoras esperavam 2,5 milhões. Isso indicava uma alta de mais ou menos 13,7% em relação ao ano anterior. Entretanto, os números registraram uma alta ainda maior – 15%. Em 2019, a previsão é, novamente, de crescimento. Espera-se uma superação de 10% a 12% dos índices de 2018.
Acompanhe o que Antonio Megale – Presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA) declarou a respeito: “Há mais confiança entre os consumidores, a concessão de crédito aumentou e a inadimplência é a mais baixa da história, de 3,4% (nos contratos)”.
Pablo Di Si – Presidente da Volkswagen do Brasil e da América Latina, também fez questão de se pronunciar em torno das previsões para 2019: “Se o novo governo fizer as reformas necessárias, como a da Previdência, o mercado vai crescer ainda mais e poderemos ter um mini boom de vendas”. O empresário de reuniu com investidores e afirmou que a imagem do Brasil está muito positiva, e estão olhando para o mercado nacional com carinho.
As vendas de sua companhia, inclusive, aumentaram bastante. O crescimento dessas correram acima do mercado, indicando um crescimento de 39% em relação à 2017. Em 2019, esses números devem ser ainda mais expressivos, com a chegada do T-Cross – utilitário esportivo muito esperado.
Agora, vamos ao fator que, sozinho, justifica o não alcance das metas para o mercado automotivo brasileiro em 2018: as exportações. Sim, elas contribuíram negativamente para um declínio na produção de veículos no Brasil.
O esperado para 2018 eram 800 mil carros. Entretanto, houve algo em torno de 650 mil. Como isso se justifica? Vamos lá. O maior comprador externo de veículos brasileiros é a Argentina. Esta, representa 70% do número total de veículos destinados ao mercado externo.
Em 2018, ocorreu a queda de 16% nessa demanda. Assim como Argentina, nosso segundo maior comprador – o México – teve queda de 44% na sua demanda. Os dois únicos países que exportaram mais do que o normal foram o Chile, que aumentou sua compra em 28,3%; e a Colômbia, que aumentou sua compra em 25%.
A esperança, agora, é reestabilização das exportações e, consequentemente, da produção de veículos no Brasil.
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