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Balcão em terras búlgaras

Nesta edição, aterrissamos em um país 76 vezes menor que o Brasil: a Bulgária. Entre monastérios, construções históricas e praias, se encontra uma loja de autopeças com nome curioso: Autopeças Alemãs, em uma tradução livre. Ali, atrás do balcão, fica Atasanov Ilistok, vendedor que contou como tudo funciona em terras búlgaras.

A primeira pergunta, inevitável de ser feita, foi em relação ao nome da loja, que reverencia outro país: a Alemanha. Atasanov contou que todas as peças vendidas lá são importadas do país, que fica a apenas 1.500 quilômetros de distância. Segundo ele, isso tem um lado bom e um ruim, como em tudo na vida. O ruim é que dessa forma não incentivam a indústria nacional do setor, mas por outro lado a supremacia estrangeira é inevitável já que, por ser um país bem pequeno, a Bulgária não comporta muitos fabricantes. O bom, por outro lado, é que as peças germânicas são conhecidas por serem umas das melhores do mundo.

Para o balconista, a experiência é a melhor aliada na hora de vender. Há nove anos no ramo, ele percebe que a maioria do conhecimento que adquiriu foi no dia-a-dia de trabalho e que, por isso, os mais novos devem ouvir aos mais velhos para aprender. Na opinião dele, catálogos ajudam, mas não tem nada melhor que ouvir quem tem anos de profissão. Para aqueles que são novos no ramo ele recomenda que se interessem e busquem sempre perguntar para os colegas de loja. Já para os mais experientes ele lembra: “paciência para ajudar é essencial”.

O maior aliado dos vendedores na Autopeças Alemãs é a loja online. Há alguns anos no ar, ela ajudou a impulsionar as vendas e direcionar a compra, já que os vendedores conseguem saber a demanda de seus clientes. Além disso, a plataforma ajudou a expandir o estoque, uma vez que não necessariamente eles precisam ter todas as peças no espaço físico. Assim que o comprador faz o pedido, eles podem encomendar da fornecedora alemã e programar a entrega de forma direta.

Para Atasanov, a tecnologia não afasta os clientes, ela só ajuda a oferecer mais opções para entregar um serviço de excelência. Por mais que goste do contato que existe no balcão, ele pensa que dizer que o online acaba com o ao vivo é uma justificativa que as pessoas usam para não se atualizar, já que a compra presencial não vai deixar de existir. “O maior problema, hoje em dia, são as desculpas. Ficar se apoiando em justificativas nos impede de entregar um bom serviço”, explica Atasanov e conclui: “Esforço é a chave para fechar boas vendas”.

 

 

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