Câmbio DSG e suas versões
Ágil e suave o câmbio DSG da Volkswagen é amado por muitos. Ainda assim, muitas pessoas questionam os custos de reparo e se ele é mesmo confiável. Mas, o que muitos não sabem é que existe mais de uma versão, com diferenças na estrutura para suportar mais ou menos torque e também que trabalham com ou sem óleo nas embreagens.
Em primeiro lugar precisamos entender como funciona um sistema de dupla embreagem convencional. De modo simples, são duas transmissões manuais que usam eixos paralelos: uma encarregada pelo funcionamento das marchas ímpares e pela ré, e a outra das marchas pares. Para que as duas embreagens se acoplem, ainda que tenham um único volante de motor, um eixo fica posicionado dentro do outro.
Isso acontece nos DSG mais comuns, com projeto da BorgWagner que começaram a ser usados em 2003 nos VW Golf R32 e Audi TT 3.2. É um modelo que hoje já tem versões de seis e sete marchas que suportam até 61,2 kgfm de torque, e que a embreagem se resume à uma sequência de discos de atrito imersos em óleo.
Então, em 2008, surgiu a DQ200, uma versão com sete marchas que suporta apenas 25,5 kgfm. Ela foi desenvolvida pela Luk e seu acoplamento é feito por um único platô, com uma embreagem dentro da outra. Essa configuração não é só menor, mas também mais leve, já que o platô único e o torque mais baixo melhoram a dissipação do calor e permitem que não seja necessário óleo para banhar as embreagens e os outros componentes, como filtros e radiador de óleo. Dessa forma, ela mantém apenas o 1,7 litro de óleo que arrefece atuadores e engrenagens dentro da transmissão.
Sendo assim, essa segunda configuração facilita o uso em carros menores. O ponto negativo é o som metálico evidente ao transitar por pisos irregulares, como paralelepípedos. O barulho, porém, não tem relação com defeitos, mas sim com o desenho do projeto do câmbio seco.
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