Antigamente, os carros sofriam com problemas como patinação da embreagem, fervura no motor e falta de eficiência nos freios, mas não tinham nada a ver com problemas na manutenção e podiam acontecer logo que tirava o carro da concessionária. O problema é que os carros eram fabricados com base em projetos norte-americanos e europeus, desenhados para trafegar em regiões com temperaturas baixas e relevos planos, o que deixava eles despreparados para as ruas brasileiras.
Os carros daquela época eram bem mais pesados e seus motores tinham pouco torque, o que tornava muito difícil de lidar com subidas. Por exigirem a primeira marcha “seca” – que, pela falta de um sincronizador, só podia ser engrenada com o carro parado – e terem relações inadequadas entre as marchas, muitas vezes o motor não tinha força o suficiente mesmo em primeira marcha e o esforço ia pra embreagem, que patinava pelo desgaste do conjunto platô e disco.
Além das subidas, problemas como o clima quente – que trazia problemas para a dissipação do calor do motor –, má qualidade da gasolina e malha viária mal conservada traziam dificuldades para os carros feitos do mesmo jeito que foram projetados no exterior. Foi aí que, a partir de 1991, depois da reabertura das importações no Brasil, surgiu a expressão do “carro tropicalizado”, que nada mais é além de um carro adaptado para a realidade brasileira.
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