Na esteira da popularidade das montadoras asiáticas, cresceram as importações de componentes automotivos no primeiro bimestre de 2024; entenda
Cada vez mais frequente, a presença de automóveis de fabricantes chinesas e japonesas nas vias brasileiras impactou, diretamente, o mercado de autopeças do país no primeiro bimestre de 2024, bem como as relações comerciais do Brasil com parceiros estratégicos.
É o que mostrou um balanço publicado pelo Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), que apontou – entre outras coisas – que a importação de itens automotivos da China e do Japão cresceu em comparação ao mesmo período do ano passado; enquanto a exportação para a Argentina caiu.
A fim de ajudar a elucidar esse novo cenário, o Balconista S/A apresenta a seguir os principais números divulgados pelo sindicato, que de quebra sinalizam quais nações foram imprescindíveis para que o Brasil atendesse sua demanda por componentes no início deste ano. Confira.
De acordo com o levantamento do Sindipeças, nos dois primeiros meses de 2024 a China lucrou aproximadamente US$ 560 milhões com a venda de peças automotivas para a indústria brasileira, alta de 18,3% sobre os US$ 472,8 milhões da abertura de 2023.
Atrás do gigante do Leste Asiático, ficaram os Estados Unidos, conquistando 11% da fatia em disputa. Porém, neste caso, a subida interanual dos norte-americanos foi bem menor, apenas 2%, de US$ 324,5 milhões para US$ 331 milhões.
Na terceira posição, tiveram destaque as exportações do Japão, que evoluíram expressivos 29,8%, fazendo com que o país expandisse os negócios com o Brasil em praticamente US$ 70 milhões: de US$ 228,8 milhões para US$ 297 milhões.
Já Alemanha e México estiveram na contramão dos índices citados, variando para baixo as vendas ao segmento brasileiro. Segundo o Sindipeças, as importações de itens provenientes desses parceiros comerciais recuaram 12,3% e 8,4%, respectivamente, em um ano.
No balanço, o sindicato afirmou ainda que, no começo de 2024, ao passo que as importações cresceram, as exportações desaceleraram.
“As vendas para outros países acumularam US$ 1,2 bilhão no primeiro bimestre, queda de 13,3% em comparação ao mesmo período de 2023 (US$ 1,4 bilhão)”, explicou a entidade.
Uma das causas atribuídas para isso é a condição do setor automobilístico da Argentina, que, devido a uma intensa crise econômica de restrições cambiais, viu seu desempenho junto a parceiros comerciais tradicionais como o Brasil despencar paulatinamente.
Para se ter ideia, os hermanos limitaram as aquisições de autopeças brasileiras em 19,4%: de US$ 452,7 milhões para US$ 365 milhões, entre um ano e outro.
País | 1º Bimestre/2024 | 1º Bimestre/2023 | Variação (%) | Participação (%) |
China | 559.410.335 | 472.781.840 | 18,3 | 18,5 |
Estados Unidos | 331.078.772 | 324.560.439 | 2,0 | 11,0 |
Japão | 296.964.612 | 228.817.607 | 29,8 | 9,8 |
Alemanha | 282.109.162 | 321.525.533 | -12,3 | 9,3 |
México | 208.279.231 | 227.277.332 | -8,4 | 6,9 |
País | 1º Bimestre/2024 | 1º Bimestre/2023 | Variação (%) | Participação (%) |
Argentina | 364.898.011 | 452.766.481 | 19,4 | 31,1 |
Estados Unidos | 212.339.303 | 213.198.173 | -0,4 | 18,1 |
México | 142.359.723 | 137.849.333 | 3,3 | 12,1 |
Alemanha | 75.289.393 | 92.132.884 | -18,3 | 6,4 |
Colômbia | 36.414.824 | 50.591.753 | -28,0 | 3,1 |
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