Combustível sintético: uma alternativa para os próximos anos
Entenda as vantagens, função e produção dessa fonte nos carros do futuro
Recentemente – e cada vez mais – a indústria automotiva tem procurado diferentes formas para substituir o consumo de petróleo. Diante disso, os carros elétricos já vêm à cabeça de quem acompanha o mercado, juntamente com os híbridos. Mas e o combustível sintético? O que você sabe sobre eles?
O que é um combustível sintético?
Conhecido como e-fuel, trata-se de uma réplica ecológica da gasolina ou diesel, fontes mais utilizadas atualmente no meio automotivo. A proposta é que veículos a combustão interna reduzam as emissões de CO2 (nocivas ao planeta), mas funcionem da mesma forma quando alimentados por líquidos fósseis.
Isto é, do modo usual que temos hoje: você vai até uma bomba de combustível, abastece e…pronto. A diferença, no entanto, está na sua fabricação, que dispensa óleos não renováveis, reduzindo a tal emissão de CO2.
Produção
Existem diferentes modos de realizá-la. Mas, no momento, o mais comum deles é pela retirada de monóxido ou dióxido de carbono da atmosfera. A partir disso, faz-se uma síntese com o hidrogênio coletado da água.
Confira abaixo um esquema desses passo-a-passo:
Futuro do combustível sintético
O objetivo é que chegue um momento no qual essa tecnologia possa ser plenamente aplicada em carros já existentes – que, atualmente, rodam à base de petróleo ou diesel.
Mas essa é uma realidade um pouco mais distante. Portanto, o primeiro passo seria misturar a composição sintética com o que já há disponível (etanol, por exemplo). Ainda levará um certo tempo para que possamos ver um tanque completo apenas por combustível sintético.
Agora, para se ter uma ideia sobre os valores: hoje, 1 litro do líquido sintético custaria mais de 5 dólares – quase 4 vezes mais do que o petróleo. Entretanto, na medida em que se intensifica o desenvolvimento dessa solução, seu preço torna-se mais acessível.
Quem vai aderir ao combustível sintético?
A Porsche anunciou que pretende iniciar os ensaios em 2022. A intenção da montadora é aplicar o e-fuel em alguns modelos já existentes (como 992 e 911 GT3), sem precisar fazer modificações.
Em entrevista à revista Eco, o Vice-Presidente da marca, Frank-Steffen Walliser, apontou: “Pela positiva – e é preciso ter em conta o impacto positivo em todos os veículos – este será o mesmo nível de CO2 produzido no fabrico e utilização de um veículo elétrico”.
A maior vantagem desse método é, sem dúvidas, permitir que os clientes, mesmo daqui a várias décadas, possam continuar dirigindo seus tão amados veículos, com motores a combustão interna, porém com uma opção de fonte sustentável.
Companhia aos modelos elétricos
A opção pelo combustível sintético seria um outro campo de escolha para o futuro, diversificando a oferta hoje composta pelos carros elétricos.
Por fim, vale ressaltar que a eletrificação é uma meta já anunciada por diversas marcas, como a Honda. A montadora japonesa pretende, até 2040, vender apenas modelos desse tipo nos Estados Unidos.
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