Ainda que para alguns seja fácil, para boa parte dos profissionais do mundo todo o ato de falar em público é algo quase impossível. Em uma pesquisa feita pelo jornal britânico Sunday Times, o “receio de falar em público” é o maior medo de 41% dos seus entrevistados (ao todo foram ouvidas 3 mil pessoas no Reino Unido). Sendo assim, como superar isso?
Quem enfrenta esse problema sabe que, inevitavelmente, ao se colocar em frente ao público a adrenalina sobe, o ritmo da respiração aumenta e a atenção desvia totalmente da mensagem para a necessidade de se acalmar. Nesse ponto, o temido “branco” torna-se um companheiro indesejável e frequente.
Sócio da SOAP (State Of the Art Presentations), empresa de apresentações, Rogério Chequer explica melhor a situação: “A pessoa entra em transe. Não é apenas esquecer o que vai falar, é se desconectar da audiência, ‘ensimesmar-se’, perder a conexão”. Para o especialista, entregar-se a estas reações é sinônimo de catástrofe na apresentação. “O apresentador, nestas condições, perde a história que deveria transmitir e a conexão com a audiência”, explica.
Eduardo Cury Adas, também sócio da SOAP, reforça a importância do cuidado com os sinais não verbais. “Assim como a linguagem verbal, eles também comunicam e acusam o que a nossa fala quer disfarçar. Isso pode desengajar a audiência”, diz. Com tantas armadilhas, como superar o medo de falar em público e fugir do fracasso anunciado?
Para os especialistas existem três passos que podem ajudar a contornar qualquer insegurança em falar em público. Confira quais são:
1º Passo: Encare a apresentação/ discurso como uma oportunidade
De acordo com Adas, quando a pessoa se força a encarar aquele momento como uma oportunidade, ela deixa de pensar que o falar em público é uma ameaça. Motivação, euforia, animação e contentamento são alguns dos sentimentos que podem estimular mais foco na apresentação.
Nesse passo também podemos ressaltar um conselho do livro “A Arte de Falar em Público”, do professor Stephan Lucas. “Para cada pensamento negativo, é preciso criar cinco positivos”.
2º Passo: Treine, treine e treine
A melhor forma de estimular a segurança é ter certeza de que realmente sabe tudo. Domine o conteúdo, conheça todo o roteiro e tenha claro em sua mente as informações de cada slide. Quando você cumpre esse dever a sensação que te consome é a de controle total.
O treino nesse passo é a chave de tudo. “Aqui na SOAP nós fazemos simulações da situação real para que o apresentador treine todos os aspectos”, diz Chequer. E não se esqueça que além da prática, o bom conteúdo também é essencial. “Não adianta estar bem treinado se não tem história. Ela precisa ter começo, meio e fim e servir a um objetivo bem claro. Quando a pessoa sabe que tem em mãos um bom material, já fica mais confiante”, afirma Adas.
3º Passo: Respire devagar
Quando estamos com medo, todo o nosso ritmo respiratório é alterado. Nossa respiração fica mais rasa e o cérebro, menos oxigenado, tem lapsos e entra em transe. É importante criar consciência desse efeito para reverter o quadro.
Antes da apresentação, respire fundo e devagar. Quanto mais oxigenado o cérebro estiver, maior será o poder de concentração. Durante as falas, a respiração deve seguir um ritmo tranquilo.
Pequenas pausas durante o discurso também são uma ótima maneira de coordenar a respiração. “Pequenas paradas de um a dois segundos fazem muita diferença. Assim evita-se o uso de palavras vazias, como ‘né’, ‘bom’, ‘então’. Elas também diminuem o ritmo para quem tem o hábito de falar rápido, transmitem segurança e coragem”, afirma Chequer.
Que tal colocar essas dicas em prática?
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