Compra de peças automotivas: os perigos das peças alternativas e/ou roubadas
Peças de desmanche costumam aparecer à venda junto das originais e podem passar despercebidas
Nos últimos meses, os preços dos carros – e, por consequência, das autopeças – subiu bastante, fazendo com que diversas pessoas optassem por alternativas mais baratas.
Levantamentos do ano passado mostraram que ,desde 2021, o crescimento do valor das peças automotivas foi de cerca de 68%, de acordo com a Edenred Brasil. Em 2022, os preços continuaram a crescer.
Assim, quando os preços sobem, alguns condutores sempre têm um conhecido que faz mais barato ou uma loja que tem uma marca que é mais em conta… porém, cuidado com os golpes!
O índice de peças ‘alternativas’ cresce cada dia mais e algumas podem, além de danificar seu carro, até mesmo te complicar. Saiba o porquê abaixo:
De onde vêm as peças falsas?
A maioria das peças que não são homologadas e não passam pelos certificados do Inmetro, por exemplo, chegam ao consumidor através de um processo de desmanche ilegal.
O carro é furtado e desmontado e suas peças de fábrica são vendidas como originais neste mercado ilegal de peças – por isso, o preço baixo.
Em São Paulo, por exemplo, o número de furtos de carros subiu em 22% apenas no primeiro semestre de 2022.
Este índice fica ainda mais absurdo quando vemos num panorama geral: no Brasil, o estado com mais roubos e furtos de veículos é São Paulo, com 30%. Além disso, 75% deste número está centralizado na região metropolitana do estado.
Porém, a prática destas peças é considerada crime perante a lei e há um risco muito grande de, por comprar uma destas peças que, na verdade, tem outro dono, o consumidor pode até acabar indo preso.
Além disso, o problema começa a crescer: as peças acabam sendo transportadas para outros estados, tornando mais difícil de encontrar.
Outro problema é que, dependendo do modelo do carro, a busca por peças automotivas cresce e a próxima vítima de um roubo pode ser você.
Tomando cuidado e evitando cair em armadilhas
A dica principal ao trocar componentes de seu veículo é sempre pedir a nota fiscal e, se possível, comprovar, na própria embalagem, o certificado de homologação da peça, normalmente feito pelo Inmetro.
Na notinha sempre terá o comprovante de onde vem a peça; assim, você não fica com dúvidas. Além disso, as embalagens atuais contam com QR Codes que também comprovam.
E pra achar peças mais em conta?
Não é 8 ou 80, como se apenas houvesse peças originais caríssimas e peças roubadas: há as peças originais, porém de outras marcas, que acabam saindo bem mais em conta para o dono de carro.
Este mercado ‘alternativo’, que não é fruto de práticas ilegais, conta com diversas peças reconhecidas no mercado, com boa procedência e garantia de qualidade, normalmente produzidas por empresas independentes.
Estas são as peças similares, que contam com a mesma estrutura das originais, feitas por marcas diferentes (e menores). Assim, você pode confiar sem se preocupar com a procedência.
Números indicam que a economia pode ser de até 50% do valor – e o desempenho do veículo continua o mesmo. Assim, você não contribui para o mercado ilegal e mantém o bom desempenho dos componentes de seu carro.
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