IM Motors planeja começar a produção em 2023
Diferentes exposições automotivas mostraram ao mundo o novo carro da montadora chinesa IM Motors: o Airo. Em 2021, quem esteve na Feira do Automóvel de Xangai ou no Festival de Velocidade de Goodwood, na Inglaterra, teve a oportunidade de ver de perto o projeto desenvolvido pelo designer britânico Thomas Heatherwick.
A ideia chama atenção pela capacidade de “filtrar” o ar. Na parte externa do veículo, é possível ver ondulações por toda a parte. Através de malhas, a tecnologia consegue concentrar, por ano, uma quantidade de sujeira equivalente a uma bola de tênis.
O chamado filtro HEPA é semelhante aos usados pela Tesla, embora sejam aplicados apenas para limpar o ar da cabine. As ondulações, por sua vez, servem para criar um fluxo de ar. Vale ressaltar, no entanto, que o design do Airo pode ser modificado até chegar às lojas, o que deve ocorrer em 2023, custando cerca de 40 mil libras .
Apesar de inovador, a capacidade de limpar o ar é muito pequena perto da poluição dos grandes centros urbanos. Além disso, a purificação será feita apenas em regiões mais poluídas, identificadas via GPS.
O Airo será produzido pela montadora IM Motors, que pertence à Alibaba e Saic, parceira da GM. O veículo parece distante da realidade brasileira, mas a Saic foi a responsável por desenvolver a plataforma GEM, usada em carros como o SUV Tracker e o Ônix, comuns em nosso território.
O Airo conta com quatro cadeiras modulares e uma mesa central que podem ser ajustadas como camas. O teto de vidro cria a impressão de uma sala de estar. Por se tratar de um veículo autônomo, o volante pode ser escondido, aumentando o conforto dos passageiros. As portas, diferentemente das convencionais, são duplas e deslizantes, como forma de otimizar o espaço.
Um ponto que levantou discussões sobre o Airo é o alto valor para ser produzido. A expectativa é que o investimento varie entre US$ 1 bilhão e US$ 3 bilhões. Outro aspecto polêmico são as dimensões do carro, que podem não ser compatíveis com a legislação.
Em vídeo, o criador do projeto, Thomas Heatherwick, explica o conceito para configurar o espaço de forma tão distinta:
“Cada carro é usado apenas 10% do tempo. Então, em 90% do tempo, eles estão ‘sentados’ nas nossas ruas, por todo o mundo. 1,4 bilhão de metros quadrados de imóveis não utilizados”, destaca.
Heatherwick é um conhecido artista britânico. Entre seus projetos mais famosos estão: a chama olímpica, desenvolvida em 2012 para os jogos em Londres; o novo Routemaster, famoso ônibus britânico; e o Vessel, uma estrutura em formato de favo de mel, localizada em Nova York.
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