Você já deve ter ouvido alguém falar sobre consórcio, não é? Seja para comprar um carro, uma casa, ou até para receber um dinheiro. Mas será que vale mesmo a pena? Em tempos de crise, é preciso tomar muito cuidado antes de fazer qualquer tipo de investimento. Pensando nisso, entrevistamos o consultor financeiro Bruno Perini, criador do site de Educação Financeira Você Mais Rico, que contou um pouco sobre essa modalidade de crédito e explicou os principais benefícios e riscos.
É uma modalidade de acesso ao crédito que consiste na união de pessoas em grupo fechado, cujo objetivo é formar poupança comum destinada à aquisição de bens, como carros, casas, ou serviços. Em outras palavras, o consórcio é uma poupança coletiva, em que todos terão acesso ao dinheiro, cada um ao seu tempo, periodicamente.
Exemplo:
Ao fazer um consórcio no valor de R$ 40.000, para a compra de um carro, você terá a chance de receber o dinheiro ao menos uma vez por mês, por meio dos sorteios, em que são contemplados alguns cotistas ou por meio dos lances, que funcionam como um leilão em que
Além do sorteio, a maioria dos consórcios aceita lances para a retirada de crédito. Funciona mais ou menos como um leilão e todo o dinheiro aplicado será convertido em parcelas.
Para ilustrar as diferenças entre os dois modelos, Perini usa a aquisição de um carro como exemplo.
No caso do financiamento, temos a vantagem de usar o carro instantaneamente, mas os juros são bem mais altos, chegando a ultrapassar 2,5% ao mês. Num prazo de cinco ou seis anos, o cliente chega a pagar o valor de dois carros ou mais.
No consórcio, os juros são mais baixos, na casa de 1,5%, o que representa grande economia num prazo de 5 anos. Mas se o cliente for azarado, pode acabar pagando todo o consórcio antes de conseguir usar seu carro novo.
Portanto, se o cliente não tiver condições de dar uma boa entrada no momento da compra, o consórcio pode ser um bom negócio.
Todo mês, após a conclusão do sorteio, outras unidades do bem são colocadas à disposição para lances entre os outros consorciados.
“O lance funciona como um leilão, onde ganha quem oferecer o maior valor pelo bem em questão, ressaltando que isso não significa desembolsar mais dinheiro, mas apenas adiantar o pagamento das mensalidades futuras”, explica o consultor.
Perini alerta que a crise é um ponto muito importante a ser analisado, uma vez que não existe qualquer garantia dada pelo governo nos consórcios.
Se a empresa do consórcio quebrar por falta de pagamento, o cliente pode ter graves problemas para reaver seu dinheiro. “Por isso, pesquise bem antes de escolher a empresa e opte por contratos que tenham cláusulas de segurança e fundos de reserva que auxiliem no funcionamento do consórcio mesmo diante de alto índice de inadimplência”.
Como investimento, não. Um consórcio para aquisição de automóvel, por exemplo, não pode ser visto como investimento, uma vez que o carro é um passivo, algo que gera despesas e perde valor com o passar do tempo. Um consórcio de imóveis já seria mais interessante, visto que o objetivo é a aquisição de um ativo que poderá se valorizar com o tempo e gerar renda através de aluguel. A melhor alternativa, sobretudo com os juros altos que temos no Brasil, é investir esse dinheiro que sobra mensalmente em títulos públicos, o popular Tesouro Direto, seguro e com boa rentabilidade.
Lembre-se de duas coisas importantes para quem gerar riqueza:
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