Um sonho de infância que virou realidade. É assim que o dentista Marco Coelho, de 40 anos, define sua relação com o placa preta dessa edição, um verdadeiro ícone da cultura norte-americana, considerado como um dos primeiros muscle car, que já foi estrela de cinema e está, atualmente, em sua sexta geração.
“Eu digo que é um carro que me assombrou a vida inteira. Tudo começou quando eu era criança e ganhei um Mustang da Matchbox. Desde então coloquei na cabeça que um dia compraria um. Aí, por influência do meu pai, comecei a gostar de carro em geral. Quem não gostava muito era minha mãe, porque se deixasse a gente ficava socado o dia inteiro dentro do capô e não olhava pra ela”, diz Marco.
Hoje, dono de um Mustang Fastback 1967 há um ano e meio, o dentista conta que não foi fácil realizar esse desejo. “Eu procurei durante uns dez anos. Sem brincadeira, acho que vi todos os Mustang do mercado, até encontrar esse, que era de um coronel da polícia militar e, antes, foi de um funcionário da embaixada americana em Brasília. O bom de procurar tanto foi que não tive que mexer em nada, comprei ele desse jeito, prontinho”.
Até agora, Marco não teve problemas mecânicos com o Mustang, mas também não se preocupa caso tenho que procurar alguma peça. “É um modelo muito icônico, principalmente nos Estados Unidos, então é bem fácil encontrar algumas partes. Lá, até hoje, existem empresas que fabricam peças novas pra ele, e dá pra comprar tudo em sites especializados”.
Falando em partes e peças, o carro é equipado com motor V8 289 polegadas cúbicas, opção de comando bravo, ignição eletrônica, coletor e radiador de alumínio, carburador quadrijet, ventoinha elétrica, escapamento e coletores dimensionados, freios duplos ventilados, pneus especiais para corrida Mickey Thompson, e cambio Hurst.
Mas, mesmo com tudo isso, foi outra coisa que chamou a atenção do Marco. “Ele é verde de documento e, pra mim, isso era muito importante. Eu acho que se um carro nasce de uma cor, ele tem que morrer com a mesma cor”. E esse Mustang não é simplesmente verde. Ele é, especificamente, da cor dark moss green, a mesma do Mustang usado por Steve McQueen durante uma perseguição pelas ladeiras de São Francisco no filme Bullitt, de 1968. “Eu sou aficionado por esse filme. Quero um dia comprar um Dodge Charger, o outro carro envolvido na perseguição, e fazer a dupla perfeita”.
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Essa não foi a única vez que o Mustang apareceu nas telas do cinema. Ele também fez participações especiais na primeira versão do filme 60 Segundos, de 1974, com um modelo Fastback, e no filme 007 – Os Diamantes São Eternos, de 1971, com o modelo Match 1. Já no mundo da música, ele serviu de inspiração para Mack Rice escrever “Mustang Sally”, canção que ficou famosa na voz de Wilson Pickett que, em ritmo de blues, conta a história de um jovem que compra um Mustang 1965 para, em vão, tentar impressionar uma garota.
Enquanto Marco não realiza o sonho do Charger, o dentista aproveita alguns fins de semana para viagens curtas. “Faço parte de um clube de amigos que também tem carros antigos. A gente faz uns passeios rápidos, normalmente de 150 km ida e volta, pra tomar um café da manhã em algum lugar bacana. Mas é importante lembrar que pra viajar tem que ser muscle, ou seja, só vai se for V8, seis cilindros não são bem-vindos”, brinca Marco.
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