Dirigir em um alagamento é algo comum em diversas regiões brasileiras e requer cuidado redobrado.
Carro e alagamento são uma mistura arriscada que, muitas vezes, pegam os condutores desprevenidos. Nesses momentos, a primeira ação costuma buscar a proteção ao veículo, em vez de priorizar a si mesmo e os passageiros. Mas como proceder corretamente?
Para início de conversa, é necessário programar a rota com antecedência. Os períodos de chuva exigem maior atenção ao volante, haja vista as piores condições de direção. Assim, o trânsito tende a ficar congestionado e, ao ficar preso por horas em um engarrafamento em áreas de risco de alagamento, as chances de ser surpreendido por uma inundação aumentam.
Por isso, o ideal é sempre evitar trafegar em pontos passíveis de enchentes em períodos chuvosos, como em vias que margeiam córregos. Além das Prefeituras, Defesas Civis e imprensa, que noticiam possíveis locais prejudicados, aplicativos para smartphone e central automotiva podem ser grandes aliados do motorista.
Se o condutor foi pego de surpresa em um trecho inundado, seja em uma avenida ou em uma rua, é importante analisar o nível da água. Caso esse nível não passe da metade da roda, é possível seguir adiante. Mas atenção: nesse caso é preciso manter o veículo de primeira ou segunda marcha e seguir em velocidade baixa.
A marcha forte mantém o giro do motor elevado e, por consequência, entregando mais torque. Isso garante a tração nas rodas. Manter a aceleração também é indispensável, pois evita que o motor apague e o escapamento seja inundado.
Se, por outro lado, o volume da água estiver ultrapassando o cubo da roda, é preferível não tentar seguir pelo trecho. O controle direcional será comprometido nessa profundidade e, ainda, existe um grande risco de o coletor de admissão puxar água para dentro do propulsor, provocando calço hidráulico.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, 10 cm de profundidade já é o suficiente para comprometer o controle de direção do veículo e, assim, aumentar o risco de acidentes.
Infelizmente, nem sempre as enchentes ocorrem de modo gradativo. Às vezes, de uma hora para a outra, o trecho é completamente alagado. Se a água atingir a linha da porta, o Corpo de Bombeiros alerta que o carro deve ser abandonado imediatamente e o motorista deve procurar um abrigo seguro.
Quando o nível do alagamento atinge 50 cm, o automóvel perde aderência, pode começar a flutuar e ser carregado pela correnteza. Manter-se dentro do veículo nesses momentos é um perigo imenso, já que não existe qualquer controle sobre a direção.
Ao atingir um metro de profundidade, a água já é capaz de levar até veículos maiores, como picapes. Desse modo, aproveite que o nível ainda bate na cintura e busque um refúgio onde possa ficar em segurança.
Em situações mais alarmantes, o grande volume de água impede que o motorista desça do carro. Mantenha as janelas fechadas e jamais tente abri-las. Acima de um metro, as pessoas também podem ser levadas pela água e podem sofrer afogamento. Por isso feche as janelas e permaneça no veículo, pois a vedação da cabine cria uma caixa de estanque.
Mas o cenário acima deve ser evitado ao máximo; afinal, a enxurrada carregará o veículo, que em algum momento pode colidir com algum obstáculo. Caso não haja outra solução, aguarde o nível da água baixar, pelo menos até a linha da porta, para depois buscar um abrigo.
Leia também: Estepe temporário: por que não usá-lo no dia a dia.
O Novo Varejo quer a sua ajuda para preparar uma homenagem para os balconistas de…
Entrevistamos um vendedor estrangeiro para saber como é sua rotina de trabalho