Enrico de Lucca: do kart à paixão “acidental” pelos carros de Turismo
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Seu plano de carreira já estava traçado, até que a pandemia o forçou a mudar de rota
13 de maio, Dia do Automóvel. Data que jamais passaria batida para nós. Por isso, o Balconista S/A preparou conteúdos especiais a fim de homenagear uma das maiores paixões dos brasileiros.
Neste aqui, conversamos com o piloto de Kart e de Turismo, Enrico de Lucca (17), que nos contou sobre sua carreira e sua relação com o automóvel.
Campeão brasileiro e internacional de kart, ele agora acelera nas pistas da GT Sprint Race , onde vem demonstrando rápida adaptação, mas sem abandonar a modalidade na qual tudo começou.
Confira!
Uma vida no automóvel
“O automóvel é minha vida”, resume o piloto nascido em São Paulo (SP). Ao longo dos seus 17 anos, Enrico de Lucca passou 10 deles sobre quatro rodas, somando kart e carros de Turismo.
“Eu comecei o kart com 7 anos, andando de indoor, e de lá pra cá fui pegando gosto. Meu pai comprou meu primeiro kart, e passei a treinar no kartódromo em Interlagos. Depois, comecei a subir de nível, disputando regionais, estaduais, até chegar nos internacionais.”
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A exemplo da maioria dos pilotos, De Lucca compreende o kart como uma porta de entrada para o automobilismo, essencial à formação profissional ao criar desde cedo um senso de determinação e foco. Sobre o futuro, ele o projeta da seguinte forma:
“A Fórmula 1 eu sempre descarto, porque é muito difícil chegar lá. Mas minha meta é viver do automobilismo, chegar na Stock Car, em alguma categoria de Turismo na Europa e, quem sabe, uma Fórmula Indy mais pra frente.”
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Títulos no kart
Nacionais
- GP RBC 2013
- Fórmula Minas 2013
- Campeonato Brasileiro 2018
Internacionais
- ROK The Rio 2019
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Mudança de rota
Em março de 2020, a pandemia começava a se espalhar pelo continente americano, impondo uma série de medidas drásticas à sociedade. Não escaparam delas nem o automobilismo como um todo, tampouco a pessoa Enrico de Lucca. Naquele momento, ele ficou sem ter, literalmente, para onde correr.
Na época, o piloto estava nos Estados Unidos disputando o Pro Tour, mas o torneio foi cancelado no dia das pré-finais. Com isso, teve de pegar imediatamente um avião de volta para o Brasil – e, por sorte, conseguiu a última aeronave disponível.
Após 40 dias parado, De Lucca retomou os treinamentos no kartódromo Aldeia da Serra, em Itapevi (SP), o que estimulou outros companheiros de profissão a fazerem o mesmo, gradualmente, respeitando os protocolos de saúde.
Turismo por acidente
Com as competições de Kart paralisadas em função da pandemia, Enrico de Lucca viu no Turismo a sua rota alternativa. Isso porque o próximo passo de seu plano de carreira previa a Fórmula 4.
No entanto, ainda em 2020, deu a largada na Sprint Race, pela D2 Motors (hoje ele está na MZ Racing). Tudo tão rápido quanto um carro de corrida.
“A pandemia mudou completamente meu rumo. O plano sempre foi andar de Fórmula, tanto que fiz alguns testes de Fórmula Academy em Londrina; depois, um treino de Fórmula 4 em Houston (EUA). Aí, com a pandemia, por falta de opção, fechei para correr uma etapa da GT Sprint Race. E, nos treinos, passei a gostar muito mais de Turismo ”, recorda.
Na Sprint Race, De Lucca compartilha a pista com grandes nomes do automobilismo brasileiro, como Thiago Camilo. “E isso só me motiva para andar no ritmo deles”, diz.
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Em setembro, no autódromo Ayrton Senna, em Goiânia, De Lucca venceu sua primeira prova nessa modalidade – e era apenas a sua terceira participação na GT Sprint Race. Ele voltará às pistas no dia 23 (domingo), justamente no circuito da capital goiana.
No vídeo abaixo, você verá o momento em que o piloto faz uma ultrapassagem durante prova em Curitiba, que impressionou a equipe de transmissão.
Abandonar o kart? Jamais
Ao contrário do kart, modalidade na qual os treinos são semanais, o Turismo tem um espaçamento maior entre eles. O mesmo acontece na Fórmula. Portanto, De Lucca garante que nunca irá largar o kart, pois ele é a melhor opção para manter a prática.
Nesse sentido, o desafio passa a ser conciliar duas modalidades distintas.
“O automobilismo sempre tem uma coisa em comum entre as modalidades – o foco. Mas, em questão de pilotagem, é completamente diferente. É outro tipo de freada, outro tipo de traçada. O freio do carro é muito mais duro, mais preciso. Tem que ficar virando a chavinha. Então preciso de um pouco mais de treino para não ficar para trás tanto no kart, quanto no carro”.
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