Em menos de dez anos eles vão dominar as ruas. O modo com que nós lidamos com os carros vai mudar. E, nessa mudança, será necessária uma adaptação global, passando pelos motoristas, pelas montadoras, pelos postos de gasolina e, até mesmo, pelos próprios balconistas. Por isso mesmo começamos hoje uma série de três reportagens sobre carros elétricos. Nessa primeira reportagem mostramos para você um pouco sobre o que algumas das maiores fabricantes de automóveis estão fazendo para encarar essa mudança inevitável.
Confira:
Depois do Dieselgate, escândalo de emissões de poluentes, a montadora alemã enxerga nos carros elétricos uma chance para voltar a dominar o mercado. Em setembro do ano passado, a Volkswagen apresentou na abertura do Salão de Paris o compacto ID: “Ele tem o tamanho de um Golf por fora, mas o espaço interno de um Passat”, disse Herbert Diess, presidente da divisão de carros da marca. O espaço extra vem justamente da ausência de elementos do carro com motor a combustão.
Com autonomia prevista para 600 quilômetros, o veículo considerado “popular” deve chegar ao mercado europeu em 2020 no valor de vinte mil euros e, entre as novidades, deve contar com modo de direção autônoma. Em cinco anos a montadora espera vender um milhão de unidades de veículos elétricos que, em 2025, terá 30 modelos na linha de fabricação. Hoje, Up! e Golf já podem ser “ligados na tomada”.
A Chevrolet aproveitou o Salão de Detroit, em janeiro de 2016, para anunciar o Bolt EV. Atualmente o veículo já está nas ruas norte-americanas e alcançou pouco mais de três mil unidades desde que começou a ser comercializado, em dezembro do ano passado. O número, no entanto, não anima a montadora que, inclusive, está oferecendo descontos de até sete mil dólares. Com o preço total de US$ 37.395, o carro conta com motor elétrico de 203 cv e 36,7 kgfm de torque, capazes de fazer o modelo alcançar 100 km/h em menos de 7 segundos. A autonomia do Bolt é de 383 quilômetros, garantido pelo conjunto de baterias de 60 kW fornecido pela sul-coreana LG.
O automóvel chama atenção pela alta tecnologia, com tela multimídia de 10,2 polegadas sensível ao toque, compatível com Apple CarPlay e Android Auto, computador de bordo de 8 polegadas e câmera 360 graus para auxiliar nas manobras. A câmera de ré também é mais moderna, usando todo o retrovisor para projetar as imagens. Já quanto aos dispositivos de segurança, o Bolt é equipado com dez airbags, alerta de acidente, detecção de pedestres, frenagem automática, alerta de colisão frontal, monitoramento de ponto cego e de tráfego cruzado.
O Ford Model E nem chegou ao mercado e já se envolveu em uma polêmica. A montadora teve que entrar em uma disputa judicial com a Tesla pelo direito de usar o nome “Model E”. Vencedora, o veículo deve ser lançado em 2019. Com menos informações que os concorrentes, o Model E deve ter autonomia entre 300 e 400 quilômetros. O carro será produzido no México e faz parte do projeto que prevê 13 veículos elétricos ou híbridos na linha da Ford até o fim desta década.
Por outro lado, o Ford Focus 100% elétrico já está à venda nos Estados Unidos. Saindo por US$ 35 mil, ele tem um motor com 143 HP, atingindo 135 km/h de velocidade máxima. Entre as inovações está o freio regenerativo, que converte a energia da frenagem em eletricidade.
Hoje, a Tesla é, literalmente, a Ferrari dos carros elétricos. Diferentemente das outras montadoras, os carros fabricados pela empresa do bilionário Elon Musk já são realidade. Fora isso, é só comparar: os carros da Tesla são os mais bonitos, mais rápidos e com maior autonomia. O Tesla Model S, por exemplo, consegue percorrer 426 quilômetros com um impressionante tempo de recarga de apenas quatro horas. O motor de 320 HP alcança até 215 km/h e custo em torno de US$ 70.000.
Além do Model S, tivemos também o pioneiro Tesla Roadster, produzido entre 2008 e 2011 e o Model X, primeiro SUV da marca, produzido desde 2015. Agora, os aficionados pela marca esperam o Model 3, primeiro veículo da categoria “popular”, que deverá custar US$ 35.000 e já tem mais de 370 mil encomendas.
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