Com as mudanças tecnológicas, econômicas e culturais, as pessoas têm se interessado menos em ir até concessionárias para comprar carros. Essa constatação partiu do estudo “Será este o fim das concessionárias como as conhecemos?” (Will this be the end of car dealerships as we know them ?, em inglês), conduzido pela KPMG. De acordo com ele, graças a evolução dos serviços de mobilidade, as fronteiras de negócio da indústria têm se ampliado e conduzido os modelos comerciais atuais a uma releitura.
De acordo com o Líder de Setor Automotivo da KPMG no Brasil, Ricardo Bacelar, nesse momento as concessionárias precisam encontrar formas alternativas de atuar no varejo automotivo. “Em um mundo cada vez mais competitivo e globalizado, impactado fortemente pela disrupção tecnológica, o varejo automotivo precisa ser revisto de forma significativa. À medida que o mercado passa por essa transformação, as concessionárias precisam explorar estrategicamente, e cada vez mais, alternativas consistentes que preservem a relevância de seu papel no ecossistema”, afirma o Líder de Setor Automotivo da KPMG no Brasil, Ricardo Bacellar.
Além da redução na procura de estabelecimentos físicos, a publicação destaca que novas empresas do setor estão reduzindo as margens de lucro e os volumes de vendas de veículos usados. Como solução, ela propõe três medidas a serem consideradas: consolidar a rede, racionalizar custos fixos e fabricantes de equipamentos originais compensarem os principais revendedores para torná-los mais lucrativos.
Com tal cenário crítico, o estudo da KPMG prevê algumas medidas que provavelmente precisarão serem tomadas para cumprirem a nova demanda do público moderno e conectado. Elas são compostas por quatro partes integradas: um portal online com informações completas sobre os veículos e ofertas de serviços virtuais; um test drive completo com viagens mais longas; showrooms menores; equipes de venda mais concentradas na experiência do cliente com as marcas, em vez de concessionárias com modelos expostos em grande quantidade e baias de serviço – nesse caso, as oficinas seriam realocadas em outras áreas para redução dos custos de aluguel.
“Os líderes do setor precisarão quantificar o impacto de oportunidades emergentes nos resultados finais dos revendedores, definir roteiros de investimento e desenvolvimento tecnológico, compreender a resposta do consumidor às novas ofertas, identificar métricas direcionadas para o desenvolvimento de futuros negócios e implementar novos programas de transformação”, completa Ricardo Bacellar.
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