Saiba a razão da escassez desses produtos e como isso afeta a indústria automotiva
Em meio à constante tentativa de se recuperar dos solavancos impostos pela pandemia, a indústria automotiva vem sofrendo com a falta de chips semicondutores. Trata-se de itens essenciais para a fabricação de veículos, sendo utilizados desde os freios até os consoles de infoentretenimento.
O Balconista S/A abordou o tema recentemente em matéria também veiculada na última edição de nossa revista.
O presidente da Intel, Pat Gelsinger, comentou sobre a situação durante a Computex 2021:
“Embora a indústria tenha tomado medidas para lidar com as restrições de curto prazo, ainda pode levar alguns anos para o ecossistema lidar com a escassez de semicondutores, substratos e componentes.”
De fato, não há muito o que fazer nesse sentido, pois a eclosão da Covid-19 impediu as empresas de trabalharem com seu potencial máximo. Assim, é até natural que a plena recuperação só venha após 2022.
Para contornar a situação e acelerar a oferta dos semicondutores em escala global, a Intel irá inaugurar fábricas nos Estados Unidos e na Europa, em projeto cujo valor baterá 20 bilhões de dólares.
Além disso, Pat Gelsinger destacou que a Intel está de olhos abertos para seu desenvolvimento interno, acompanhando mais fases da linha de montagem e distribuição, de modo a garantir sucesso ao final do investimento.
O número insuficiente de chips ocorre em função do desequilíbrio entre a quantidade produzida e a demanda das empresas compradoras, estas guiadas pelo público. Enquanto as fabricantes trabalharam com capacidade reduzida para evitar a disseminação do novo coronavírus, a procura pelos produtos aumentou.
Em todos os continentes, a escassez dessas mercadorias impactam as maiores montadoras de automóveis, como Stellantis – dona da Fiat, Jeep, entre várias outras marcas -, General Motors (GM), Ford e Volkswagen.
Consequentemente, algumas empresas do setor relataram a necessidade de desacelerar a produção – e o fizeram – justamente pela falta de tais peças. Estima-se que o prejuízo para a área chegará a bilhões de dólares.
Além do caso da Intel, alguns acordos já foram propostos para amenizar o atual quadro. Um deles é a aliança formada por grandes companhias (Amazon, Apple, Microsoft e Google) e fabricantes (incluindo a Intel) para solicitar auxílio financeiro ao governo estadunidense.
O valor do pedido é de 50 bilhões de dólares (equivalente a R$ 261,9 bi), por meio do projeto de lei “Chips for America”. O financiamento, segundo os requerentes, ajudaria os Estados Unidos a recuperar a capacidade de produção.
Por fim, outro setor bastante afetado é o de smartphones e computadores, cuja demanda havia crescido em 2020. Agora, em resposta ao comportamento do consumidor, a corrida pelos chips deverá ser cada vez mais intensa.
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