Febre: o sucesso de vendas de carros pequenos na Europa
Os veículos de menor porte lideram o ranking de vendas em diversos países europeus. Entenda as razões e confira os principais modelos.
Enquanto alguns países, como o Brasil, apresentam crescente interesse em SUVs, o mercado europeu demonstra nítida preferência por carros menores. Basta observar o ranking de vendas automotivas no continente, considerando os últimos anos.
O Golf, da Volkswagen, cada vez menos relevante para o mercado brasileiro, foi o automóvel mais vendido na Europa pelo 13º ano consecutivo. Sim, o modelo permanece no topo de vendas do continente desde 2008!
Veja abaixo o ranking de vendas automotivas nos países europeus em 2020.
O Top 3 é exclusivamente de modelos pequenos. O Renault Clio permanece em segundo, enquanto o Peugeot 208 – terceiro colocado – deu um bom salto em relação ao ano anterior, quando figurava em sexto lugar.
O carro francês roubou a medalha de bronze que era do VW Polo em 2019, modelo um pouco maior do que ele.
Outro destaque é o Toyota Yaris, também com espaço físico muito reduzido, que em 2020 atingiu a quinta posição (era o 15º em 2019). Além disso, vale ressaltar que os maiores modelos da lista, normalmente destinados a uso familiar, ainda são considerados relativamente compactos.
Ao que tudo indica, os veículos pequenos tendem a dominar o futuro automotivo europeu. São vários os motivos que levam a essa condição, mas alguns podem ser observados com cautela, variando desde aspectos sociais a questões geográficas.
Mercados como o brasileiro e o asiático, em que as ruas apresentam grande quantidade de buracos, fazem mais questão de versões mais “aventureiras”, como o Renault Sandero Stepway ou o Fiat Punto Avventura. Isso não costuma ocorrer na Europa, tendo em vista sua pavimentação mais uniforme.
Carros pequenos são econômicos, o que é prioridade de muitos dos moradores, sobretudo os jovens. Soma-se isso ao fato de que as famílias na Europa são em média formadas mais tardiamente, de modo a não criar a necessidade de se adquirir um veículo grande tão cedo.
Outro fator de destaque é o transporte público e ferroviário, cuja malha alcança um território bastante significativo. Isso permite que vários trajetos cotidianos sejam feitos de metrô, e viagens realizadas de trem, inclusive algumas atravessando fronteiras.
A compra de um modelo mais robusto, com vasto espaço interno, vai perdendo sua atratividade. Além disso, um automóvel pequeno é, sem dúvidas, mais fácil de manobrar ou estacionar, o que, como costumamos dizer, é uma mão na roda.
Torna-se um benefício considerável em cidades históricas e turísticas, por exemplo, onde há ruas bastante estreitas.
Em suma, a Europa vive a febre dos modelos subcompactos. Carros pequenos lideram e tendem a seguir com essa vantagem. SUVs e Crossovers, tão cobiçados no Brasil, estão longe de ser preferência por lá.
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