Com a piora gradual no cenário da Covid-19, a Volkswagen anunciou a suspensão das atividades no Brasil pelos próximos dias; mas ela não é a única, e essa não é a única razão.
Na semana passada, a Volkswagen anunciou a interrupção da produção em todas as suas fábricas no Brasil. Em vigor desde quarta-feira (24), a medida aplicada às unidades em São Bernardo do Campo (SP), Taubaté (SP), São Carlos (SP) e São José dos Pinhais (SP) irá a princípio até o dia 4 de abril.
Segundo comunicado da empresa, a parada de 12 dias corridos se dá pelo “agravamento do número de casos da pandemia de Covid-19 e pelo o aumento da taxa de ocupação dos leitos de UTI nos estados brasileiros, a fim de preservar a saúde de seus empregados e familiares”.
Confira abaixo os modelos afetados pela interrupção nas quatro unidades.
A fábrica de São Carlos, por sua vez, é responsável pelos motores da família EA211 (versões 1.0 MP1, 1.0 TSI, 1.4 TSI e 1.6 MSI), além do motor EA111 (1.6 16V).
Outras montadoras anunciaram paralisação em função da Covid-19. A Mercedes-Benz suspendeu as atividades nas fábricas de São Bernardo e Juiz de Fora (MG) pelo período entre esta sexta-feira (26) e 5 de abril.
A Volvo, por sua vez, interrompeu parte da produção de caminhões e ônibus em Curitiba (PR), o que deverá se manter até o fim de março. Já a Scania também aderiu à suspensão, cuja duração será a mesma da Mercedes.
Além disso, engana-se quem pensa que a pandemia é o único problema. Como se não bastasse o cenário desolador com 3 milhões de vidas perdidas no mundo, há um outro fator que vem deixando as fabricantes de quarentena: a falta de componentes elétricos disponíveis no mercado global.
Trata-se da escassez de fornecimento de chips para manufatura de semicondutores, usados em módulos, sensores e controladores de todo tipo, que já paralisou montadoras ao redor do planeta. E, naturalmente, esse efeito dominó também recai sobre o Brasil.
A linha de montagem da General Motors em Gravataí (RS), onde se produz o Chevrolet Onix, teve de interromper suas atividades no início de março, e deve estender a paralisação até junho.
A Honda paralisou os trabalhos de sua fábrica em Sumaré (SP) – onde são feitos os motores dos seus modelos nacionais – dividindo o processo em duas etapas: entre 5 e 12 de fevereiro; e de 1 a 10 de março.
Por fim, o problema também atingiu a Fiat, que declarou férias coletivas aos funcionários da linha de produção em Betim (MG) entre os dias 10 e 22. No momento, a fabricante está operando em capacidade reduzida.
Vale lembrar que, dado o terrível quadro da pandemia no País, aliado à crise no mercado, pode alterar o panorama a qualquer instante.
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