Montadora quebrou recordes e inovou em diversas modalidades; Ford é sinônimo de história da indústria automotiva nacional.
Foi um certo choque quando, no início de 2021, a Ford anunciou o fim das atividades no Brasil. Hoje, os veículos da marca comercializados por aqui são fornecidos, principalmente, por fábricas do Uruguai e da Argentina. No entanto, o legado centenário da montadora persiste no País.
Continue a leitura para conhecer/relembrar a história da Ford em nossas terras.
Fundada por Henry Ford em 1903 na cidade de Dearborn, nos Estados Unidos, a Ford Motor Company inaugurou uma nova era industrial, com o objetivo de atingir o consumo em massa. Dentre os principais investidores, estavam os irmãos Dodge, posteriormente fundadores da marca com o mesmo nome. Nos primeiros anos da companhia, os carros eram produzidos numa fábrica em Detroit.
Em 1908, Henry introduziu o primeiro modelo de motor de carro com cilindro removível e, cinco anos depois, a primeira linha de montagem móvel, reduzindo custos de produção.
Chegamos a 1919, quando a Ford tornou-se a primeira montadora estrangeira a operar no Brasil. Instalada em um galpão no centro de São Paulo, ela abrigava a fabricação do icônico modelo T com peças importadas.
Dois anos depois, a fábrica foi transferida para o bairro do Bom Retiro, onde ocorreu a primeira linha de montagem de veículos em série no País, revolucionando a indústria na época.
Entre 1919 e 1924, a produção da Ford no Brasil cresceu cerca de 6 vezes, saltando de 4 mil para 24 mil unidades. Ao fim desse período, a montadora também inaugurou a primeira exibição de automóveis em solo nacional, em São Paulo, e, no ano seguinte, o mesmo aconteceu no Rio de Janeiro. Já em 1928, o modelo T foi substituído pelo modelo A.
A década de 1930 representou mais um marco importante para a Ford no Brasil, ampliando a variedade não só dos modelos produzidos por aqui, como também dos veículos importados.
No decorrer da Segunda Guerra Mundial, a pedido do governo brasileiro, a Ford começou a montar caminhões. O modelo mais famoso fabricado no pós-guerra foi o Ford 1949, que se destacava pelo novo design com aprimoramento do chassi e da suspensão. Outro foi o F600, feito na fábrica do bairro Ipiranga.
Em 1960, veio à tona o primeiro trator nacional, e, sete anos depois, o primeiro automóvel de luxo brasileiro: o Galaxie. Além disso, a Ford inovou ao criar o primeiro carro movido a álcool no País: o Corcel II, também pioneiro no sistema automático de partida a frio. Modelo este que ficou marcado por uma propaganda estrelada por Ayrton Senna.
Por fim, recordamos a parceria da Ford com a Volkswagen entre 1987 e 1995, intitulada Autolatina, que permitia operações no Brasil e na Argentina.
Em 1996 e 1997, a fábrica de São Bernardo do Campo iniciou a montagem do Fiesta e dos subcompactos com o Ka, respectivamente. Além disso, instalou uma fábrica em Camaçari, na Bahia, sendo pioneira também em conceitos avançados de arquitetura e produção.
Nos anos 2000, a Ford contava com diversos carros populares espalhados pelo Brasil. Em 2015, foi alcançada a marca de 1 milhão de unidades produzidas, em um processo que seguia de vento em popa. Mas, então, por que as atividades foram encerradas?
A Ford não escapou à crise global, intensificada pela falta de insumos à indústria automotiva durante as fases mais agudas da pandemia de Covid-19. Assim, a montadora desencadeou planos de cortes de gastos e redução de portfólio, encerrando produções de veículos importantes, como o Fusion e o Fiesta.
Em 2019, a fábrica do ABC Paulista fechou suas portas e, por fim, no ano de 2021, a Ford deu fim aos serviços de montagem em todo o Brasil. Apesar disso, continua atuando como importadora e por meio dos serviços de assistência, manutenção e garantia dos proprietários.
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