Marcas de luxo apostam no mercado brasileiro

 Marcas de luxo apostam no mercado brasileiro

Na última edição do Automotive Business Experience – ABX19, que ocorreu no final do mês de maio, foi aberta uma discussão sobre o mercado das marcas de luxo no Brasil. O evento trouxe dados sobre as marcas premium no território nacional e seus crescimentos.

Os dados apresentados mostrou que, em 2018, o mercado de luxo no Brasil cresceu 9.1% em relação a 2017. Já no primeiro quadrimestre deste ano houve um crescimento de 2,3%. Mas mesmo com o aumento os índices estão abaixo dos números registrados no mercado, que são de 13,7% no ano passado e 8,7% nos primeiros quatro meses deste ano.

Empecilhos

Durante a Conferência, Roberto Carvalho, diretor comercial da BMW no Brasil, afirmou que o mercado nacional não possui volume suficiente para que as marcas invistam em desenvolvimento local. As regras de importação também são problemas que dificultam o crescimento das marcas de luxo, enquanto maior volume de exportações se refletiriam na produção e também permitiriam mais agilidade na implantação de novas tecnologias nos carros produzidos aqui, explicou.

O diretor de vendas da Volvo Cars, João Oliveira, disse que a carga tributária é outro empecilho para o crescimento das marcas no Brasil. No Chile, onde atuou no setor de vendas da Volvo, a participação das marcas premium é de 6%, ou seja, a capacidade de compra é maior lá do que no Brasil.

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Projeções

Apesar desses obstáculos, a perspectiva do mercado é otimista. O gerente sênior de vendas e de marketing da Mercedes-Benz vê com otimismo o mercado brasileiro, principalmente na eletrificação dos veículos.

Em relação aos carros elétricos, os consumidores vão exigir cada vez mais carros desse tipo, mas cabe ao governo providenciar a infraestrutura básica para eles, como postos de recarga nas grandes cidades, afirma Roberto Carvalho.

No ano passado a BMW instalou um “corredor elétrico” na Via Dutra, com diversos postos de carga para veículos elétricos. “Isso só foi possível graças às parcerias que fizemos com uma distribuidora de energia e com uma rede de postos de abastecimento”, disse o executivo da BMW.

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