Motor: Especial Fórmula 1

 Motor: Especial Fórmula 1

A temporada de Fórmula 1 de 2017 trouxe de volta uma emoção que não se via há alguns anos. O britânico Lewis Hamilton travou uma longa batalha durante meses com o já tetracampeão Sebastian Vettel. Ainda assim, dificilmente voltaremos a ver algo parecido aos verdadeiros tempos de glória da competição mais nobre do automobilismo, quando existiam rivalidades como Niki Lauda e James Hunt, Nelson Piquet e Nigel Mansell, além de, claro, Ayrton Senna e Alain Prost. Para matar a saudade dessa época, confira agora uma matéria especial sobre a evolução dos motores ao longo dos anos na Fórmula 1.

1950

No início da categoria, os carros conhecidos como “baratas” usavam motores de 4,5 litros aspirados naturalmente, ou motores de 1,5 litros sobrealimentados com compressores mecânicos.

1952

Com a pretensão de tornar a modalidade mais comercial, a capacidade dos motores naturalmente aspirados caíram de 4,5 litros para 2 litros, seguindo o regulamento da Fórmula 2. Isso foi necessário para que a categoria tivesse mais equilíbrio, já que a Alfa, escuderia que competia com a Ferrari, abandonou a F1 por falta de recursos financeiros.

1954

Com a volta de um regulamento próprio, os carros são equipados com motores aspirados de 2,5 litros. Neste ano, a equipe Mercedes foi a primeira a adotar um motor com injeção direta de combustível e válvulas com comando de para admissão e escape.

1958

Após forte pressão exercida pelos fornecedores de combustível, que eram os principais financiadores da modalidade, os carros começaram a ser alimentados com Avgas, gasolina de aviação com octanagem entre 100 e 130 octanas.

1961

Um ano depois do acidente que resultou na morte dos pilotos Alan Stacey e Chris Bristow, a F1 decidiu reduzir drasticamente a capacidade cúbica dos motores, que ficou entre 1,3 e 1,5 litros. Com isso, a potência dos veículos era menor que 200 cv.

1966

Os anos de marasmo da F1 acabam. Depois de perder importância devido aos carros lentos, a confederação responsável pela modalidade libera novamente que os carros tenham motores mais potentes, de até 3 litros de aspiração naturalmente. O aumento de potência foi tão grande que, no primeiro ano da mudança, muitas equipes optaram por motores de 2 litros para se adaptarem à nova era.

1972

Após a British Racing Motors construir um motor com 16 cilindros, ficou estipulado que, a partir daquele ano, nenhuma unidade desenvolvida poderia ter mais de 12 cilindros.

1981

A partir de agora só são permitidos motores de ciclo Otto e quatro-tempos (admissão, compressão, explosão e exaustão).

1984

Com a popularização dos turbos, o consumo de combustível fica restrito a 220 litros por corrida.

1989

Os motores turbo são banidos e, agora, apenas os naturalmente aspirados de 3,5 litros são aceitos. Assim surgem os V10 que, pouco tempo depois, dominariam a modalidade.

1995

Depois das mortes de Roland Ratzenberger e Ayrton Senna, a F1 começa a se transformar em busca de carros mais seguros. Com a redução da capacidade cúbica dos veículos os motores V12 e V8 são praticamente extintos.

2000

Motores V10 de 3 litros passam a ser obrigatórios.

2003

Fim dos motores de classificação, que eram especialmente preparados para renderem mais durante um número limitado de voltas.

2004

Cada piloto fica restrito a um único motor por fim de semana.

2005

A restrição aumenta ainda mais. Agora um único motor deve ser usado por dois fins de semana seguidos.

2006

São adotados motores V8 de 2,4 litros com no máximo quatro válvulas por cilindros, com restrição para apenas um bico injetor e uma bobina de ignição por cilindro.

2007

Os giros são limitados a 19.000 rpm.

2009

São impostas mais limitações ao uso de motores: oito por temporada. É também introduzido o Kers, sistema de recuperação de energia cinética das frenagens.

2014

Consumo de combustível limitado a 100 kg por GP e com vazão máxima de 100 kg/hora. Ficam limitadas cinco unidades motrizes por temporada.

2017

São banidos os tokens – sistema de desenvolvimento das unidades de potência – e o limite de propulsores cai para quatro unidades por competidor. São limitadas quatro unidades motrizes por temporada.

2018

A temporada deste ano ano complicou a vida das equipes, dos pilotos e, principalmente, dos engenheiros. Durante toda competição, cada piloto poderá trocar de motor apenas três vezes. Além disso, o uso de alguns componentes também foi limitado, como é o caso do MGU-K, sistema de recuperação de energia cinética, que só poderá ser trocado duas vezes.

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