Andrea Teixeira dá sequência à história familiar ligada às quatro rodas
13 de maio, Dia do Automóvel. Data que jamais passaria batida para nós. Por isso, o Balconista S/A preparou conteúdos especiais a fim de homenagear uma das maiores paixões dos brasileiros.
E não poderíamos deixar de incluir nessa programação o nosso principal parceiro: o balconista!
Mais precisamente, a balconista. Você vai conhecer a Andrea Teixeira (32), da Lauto Autopeças, em Mogi Guaçu, interior paulista. Ela nos contou um pouco da sua trajetória de vida e sua relação com o automóvel.
Confira!
Nascida em São Paulo, Andrea veio ao mundo carregando o selo do universo automotivo. Essa é uma tradição familiar desde quando o pai, André, era criança. Na época, ele iniciou seu contato com a oficina mecânica de uma forma bastante inusitada.
“Um mecânico que trabalhava na rua da casa dele sofreu um acidente e perdeu as duas mãos. Então, um dia ele chamou meu pai – que tinha 11 anos – para ajudá-lo na oficina, e falava ‘põe essa peça aqui, aquela outra ali’, e assim ele foi aprendendo”, recorda.
Em 1994, a família se mudou para Itapira, onde André abriu sua própria oficina, permitindo que Andrea e a irmã tivessem contato direto com as peças, auxiliando no dia a dia.
Entretanto, nesse período, o pai precisava conciliar o trabalho com a luta pela vida – o mecânico havia contraído doença de chagas e aguardava um transplante de coração. Infelizmente, não houve tempo, e “Alemão”, como era chamado, faleceu aos 36 anos.
“Mas ele era dos bons, viu?!”, garante a filha.
Ainda em Itapira, houve um intervalo no qual Andrea trabalhou em uma sorveteria. Mas não demorou tanto para que ela retornasse ao universo automotivo, contratada como balconista de uma concessionária da Honda, aos 18 anos.
“O gerente sempre ia à sorveteria na hora do almoço. E como eu sempre fui comunicativa, de falar muito, ele perguntou: ‘você quer trabalhar lá?’. E me deu essa oportunidade”, conta.
Tempo depois, Andrea se casou, mudando-se para Mogi Guaçu. Lá, trabalhou em uma oficina antes de ir para a Lauto, onde aprofundou seu conhecimento sobre autopeças.
Andrea divide o balcão com outras duas mulheres: Márcia e Ana Paula. Esta última, por sinal, tem 30 anos de experiência na função. A vasta bagagem permite a ela também atuar como mentora das suas companheiras de profissão.
“Eu aprendi com a Ana Paula; ela é o Google da Lauto. E vem desde uma época em que era ainda mais difícil para as mulheres”, diz.
Ao menos no que diz respeito à Lauto, Andrea percebe que a clientela abandonou boa parte do preconceito contra a suposta falta de conhecimento das mulheres em um setor predominantemente masculinizado.
“Hoje as pessoas vêm mais confiantes, sabendo que a gente tem potencial, que a peça que estamos indicando é a peça certa.”
“O automóvel, para mim, é um integrante da família. Porque ele auxilia no dia a dia, no trabalho, em algum momento de doença. É como se fosse um filho, até pelos gastos que temos com ele. Mas o que o carro nos proporciona em questão de tempo, locomoção, conforto e experiências, não tem o que pague!”, afirma.
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