Precisão na medição leva insegurança até aos motoristas de veículos tidos como “moderninhos”. Entenda se você deve ou não se preocupar
Qual motorista não gostaria de saber, com exatidão, quanto de combustível o seu carro consome a cada quilômetro rodado, seja em uma viagem para longe ou mesmo circulando dentro da própria cidade?
Para obter essa informação, há quem prefira fazer as contas sozinho. Ao dono, basta verificar quantos quilômetros percorreu o seu veículo e a quantidade de litros necessária para encher um tanque. Assim, ele chegará a quilometragem que o carro faz a cada 1 litro consumido de gasolina, etanol ou diesel.
Mas diante de tanta modernidade e do imparável aperfeiçoamento da tecnologia da indústria automobilística, será que, hoje, ainda vale à pena somar na ponta do lápis o que os computadores de bordo facilmente se propõem a realizar?
Alguns condutores, digamos, “mais analógicos” realmente preferem. Isso porque duvidam da precisão mostrada pelos computadores. E a desconfiança não é só cisma. Tem, sim, uma causa, e bem justa, aliás.
Assim que passaram a ser fabricados, lá nas primeiras gerações, os dados registrados por essas ferramentas não eram tão confiáveis de fato, pois apresentavam uma série de imprecisões que só ao longo do tempo puderam ser corrigidas pelos fabricantes.
Porém, atenção, leitor: isso ficou no passado! Caso o seu veículo disponha de um computador de bordo, atualmente, é bem mais prudente confiar nas informações registradas nele do que queimar neurônios fazendo cálculos de gasto e consumo. A menos que a matemática seja um passatempo para você.
De acordo com a maioria dos especialistas e os próprios fabricantes, já não há razão para desconfiar das medições executadas pelos computadores (que nada mais são do que dispositivos eletrônicos acoplados a um microprocessador).
E se resta suspeita, ela pode se desfazer com certa facilidade. A dica é comparar o cálculo do computador de bordo do veículo com a média de consumo obtida entre os abastecimentos. Se houver diferença, será irrelevante e – ainda assim – ocasionada por questões extras. Continue a leitura para descobrir quais.
O problema de o motorista fazer as próprias contas são as divergências que acontecem entre um abastecimento e outro, uma vez que o consumo sempre estará sujeito a variação em função de múltiplos fatores, mas principalmente dois: mudança da qualidade do combustível e condições de rodagem (inclinação do terreno, altitude, umidade, temperatura, características de trânsito e comportamento do condutor).
Ou seja, a comparação de médias considerando períodos e situações diferentes tende a não ser efetiva, se realizada pelo condutor, que por mais que se esforce não vai conseguir considerar todas as variáveis, igual um computador de bordo faz.
Então, se você possui um no carro, o conselho é: relaxe e aproveite todas as inovações dos fabricantes feitas especialmente para você, pois elas são produto de estudo e testagem.
Enxergue as ferramentas como realmente são: “assistentes virtuais” para servi-lo. Seu computador de bordo está apto a te ajudar a dirigir com mais sossego, evitando ao máximo surpresas desagradáveis e otimizando suas decisões ao volante.
A fim de que os dados apresentados por esses processadores sejam autênticos, é preciso compreender seu funcionamento. O computador é programado para realizar uma leitura específica com base em referências de fábrica.
Quando você, leitor motorista, troca pneus originais por modelos esportivos, por exemplo, alterando os tamanhos, haverá imprecisão na informação sobre o caminho percorrido pelo carro, quando realizada a leitura dos instrumentos.
Outra possibilidade no mesmo sentido. Se modificados os elementos do sistema de injeção de combustível, de igual modo ocorre interferência na avaliação da central acerca do valor gasto no trajeto.
Então, se o objetivo é obter dados precisos sobre o quadro de instrumentos do seu carro, é importante não alterar os itens de fábrica. Dessa forma, você vai economizar combustível, favorecer a autonomia do seu veículo e melhorar todas as condições para exercer uma boa direção. Afinal, o computador de bordo pode fazer muito mais do que diminuir custos.
Mas isso é assunto para uma próxima conversa.
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