O destino das baterias

 O destino das baterias

Sem ela o carro não é nada. Responsável por fornecer a energia para a partida do motor, a Bateria também auxilia todo o sistema elétrico do veículo e do alternador. Mas, nem tudo são flores, já que o descarte inadequado dessa peça tão fundamental pode ser bastante prejudicial para o meio ambiente. Por isso, é importante ficar atento com algumas questões:

1 – Composição: basicamente as baterias são compostas por placas positivas e negativas, que têm aplicação de uma massa de PbO (Óxido de Chumbo). Além disso, outros componentes são o polietileno, ácido sulfúrico, chumbo metálico e PbO2 (Bióxido de Chumbo). A bateria de chumbo-ácido foi inventada em 1860 por Gaston Planté, e sofreu aprimoramentos tecnológicos para chegar ao que conhecemos hoje.

2 – Destinação: o descarte inadequado de baterias de chumbo-ácido ao ar livre contamina solos, cursos d’água e lençóis freáticos, além de apresentar um grande risco para a saúde pública. No programa de coleta vigente no Brasil, todos os estabelecimentos que comercializam baterias automotivas devem receber o produto usado e preservar a solução ácida para evitar contaminações. Entretanto, muitas vezes isso não acontece globalmente, seja por imprudência de quem trocou a bateria ou de quem recebeu.

3 – Cenário: não existe um substituto economicamente interessante para o chumbo. De acordo com o dado mais recente a produção mundial desse componente totalizou, em um ano, 8,6 milhões de toneladas. Estima-se que 60% dessa quantidade já seja proveniente da reciclagem. Mas, ainda faltam os outros 40%, que na prática significam bastante.

4 – Reciclagem: a boa notícia é que o Brasil já está bem avançado quando o assunto é reciclagem de bateria. Hoje, quase 100% tem pelo menos um de seus componentes provenientes de reutilização. Para o processo é preciso considerar a quantidade e a pureza do material recuperado, seja ele metal, plástico ou outros componentes presentes em menores quantidades. Os bons índices brasileiros se dão, principalmente, pelo fato de importarmos a maior parte do nosso chumbo, que para atravessar fronteiras deve estar refinado, e o secundário (reciclado) é bem mais barato que os vindos de minas.

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