Vai chegando o final do ano e todo mundo começa a fazer planos. Qual lugar viajar nas férias, onde passar o ano novo, o que dar de presente para a família e, principalmente, como vai ser usado o tão esperado décimo terceiro. No primeiro momento, nossa vontade é de gastar, com aquele velho pensamento de que nós merecemos.
E no fundo merecemos mesmo. Mas será que gastar é a melhor maneira de usar o dinheiro? Para descobrir tudo isso, entrevistamos o consultor financeiro Bruno Perini, criador do site Você Mais Rico, que deu algumas dicas sobre a boa aplicação desse dinheiro extra.
A tentação de usar todo o 13º no final de ano é grande. O comércio faz de tudo para vender com promoções de natal e liquidações. Entretanto, o brasileiro deve se lembrar que começo de ano é época de grandes gastos (IPTU, IPVA, material escolar etc). Por isso, é importante poupar parte do dinheiro recebido para fazer frente a estas despesas. Começar o ano no vermelho num país com juros altos como o nosso não é uma boa ideia.
Assim como no restante dos meses do ano, minha recomendação é de poupar no mínimo 10% de tudo que entra no mês. Dessa maneira, no mês de dezembro a poupança é maior, uma vez que os 10% incidem em cima de todo o montante (salário normal + 13º). Lembrando que este dinheiro deve ser separado assim que o salário cair na conta, dessa maneira é mais fácil evitar que não sobre nada a ser poupado no final do mês.
Geralmente as taxas de juros das dívidas são sempre mais altas que a dos investimentos, por isso é sempre melhor pagar as dívidas, especialmente se elas forem de crescimento rápido (cartão de crédito ou cheque especial).
Usar o dinheiro do 13º para negociar dívidas é uma excelente opção. Com dinheiro na mão é possível obter grandes descontos sobre o saldo devedor. Mas vale lembrar que não é preciso esperar o 13º para negociar uma dívida que saiu de controle. Quanto mais cedo uma negociação for feita, menos dinheiro será gasto em pagamentos de juros desnecessários.
Se durante os 11 primeiros meses do ano você consegue viver com seu salário, por que em dezembro seria diferente? Use apenas o salário e finja que o 13º não existe. Não caia na armadilha consumista de aumentar automaticamente os gastos simplesmente porque sabe que vai receber mais.
Algumas dessas despesas apresentam bons descontos para pagamentos à vista, como o IPVA. Nesse caso vale a pena pagar de uma vez só. Caso não haja desconto, parcelar sem juros representa uma opção. Mas se o consumidor é daqueles que gastam sem levar em conta o dia de amanhã, melhor pagar à vista, mesmo que não haja desconto. É melhor se ver livre das obrigações financeiras para evitar pagamento de juros desnecessários por não saldar as parcelas futuras em dia.
Isso é muito relativo. Tudo deve ser levado em consideração para que o consumidor não comece o ano com o pé esquerdo, tomando decisões erradas que podem arruinar os planos de um 2016 melhor e mais rico.
Para quem tem dinheiro em caixa, as vendas fracas da indústria automobilística propiciarão promoções interessantes ao longo dos próximos meses, mas antes de aproveitá-las é importante pensar bem no custo/benefício do novo carro.
O brasileiro tem que lembrar que apesar de representar conforto, o carro é um luxo que gera grandes despesas com combustível, seguro, IPVA, multas e manutenção.
Usar o 13º para pagar à vista, sempre pedindo desconto, é a melhor opção. Caso não tenha condições para tal, um parcelamento que caiba no bolso, de preferência sem juros, é válido para não deixar de viajar. O mais importante nesse caso é planejar a viagem, separar o dinheiro disponível para os gastos e não extrapolar o orçamento.
O ideal é antecipar os gastos futuros. Quem não tem o benefício do 13º deve se preparar ao longo do ano para os gastos de fim, e também de começo de ano.
O brasileiro tem que parar de se surpreender com o que já é esperado. Afinal, o natal e o ano novo caem sempre na mesma data, assim como o começo de ano sempre é temporada de pagar contas e impostos. Isso não deveria ser surpresa para ninguém.
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