O ano de 2015 foi turbulento para a economia. Nos noticiários, só se ouvia falar de inflação, quedas nas vendas, diminuição dos empregos em diversos setores. Mas como será que 2016 vai se comportar? Conversamos novamente com o consultor financeiro Bruno Perini, fundador do site Você Mais Rico, para tentar saber o que podemos fazer para driblar os efeitos da crise.
Falamos sobre a crise, as possibilidades de poupar dinheiro, os planos para viajar e, é claro, conseguir comprar uma casa ou um carro. Confira a conversa completa e não deixe de se preparar para imprevistos:
Prever o futuro sempre é uma tarefa complicada, mas, ao que tudo indica, 2016 deve ser um ano bem parecido com 2015, com inflação alta e desaceleração da economia. Somado aos efeitos nacionais da crise ainda temos a situação da economia chinesa parando de crescer, o que deve impactar o mundo todo.
Com certeza. No cenário atual, onde mesmo os servidores públicos, conhecidos pela estabilidade, tiveram surpresas negativas, como o estado do Rio de Janeiro que teve de parcelar o 13º salário, é aconselhável reduzir gastos e acumular dinheiro em investimentos de liquidez imediata (aqueles onde é possível retirar o dinheiro rapidamente) com o objetivo de fazer frente a imprevisto. Este conselho é importante sobretudo para pessoas que trabalham em setores muito afetados pela crise.
Em 2015 a poupança perdeu para a inflação. As previsões atuais já indicam uma inflação de mais de 7% para este ano, sendo que o teto da meta do governo é de 6,5%. Com isso, deixar dinheiro na poupança é realmente uma péssima ideia. Para a pergunta sobre como guardar dinheiro, a resposta, embora frustrante, é: depende. Cada pessoa tem necessidades e objetivos diferentes, mas uma regra que deve ser seguida é buscar rendimentos acima da inflação e ter uma quantia suficiente para manter o padrão de vida em caso de imprevistos em investimentos de boa liquidez, como o Tesouro Selic, por exemplo, do Tesouro Direto.
Sempre vale a pena negociar, o pior que pode acontecer é um “não” como resposta. Pesquise os preços dos aluguéis cobrados em imóveis com localização e preço semelhante ao que você aluga e mostre os resultados ao locatário (se forem positivos para você!). Como o cenário econômico é ruim, vale mais a pena dar um desconto para um bom inquilino do que ficar na incerteza de arranjar outro.
Como disse, cada caso é um caso. Existem pessoas que fazem o “dever de casa” e poderão se aproveitar do cenário de vendas fracas para comprar imóveis com desconto. Porém, para a maior parte dos brasileiros, o cenário de juros altos e maiores restrições na concessão de crédito representa um grande obstáculo para a aquisição de imóveis.
Para quem fez o dever de casa e poupou dinheiro para dar a entrada, o cenário para compra de carros é bom. Com as vendas fracas e os estoques altos, muitas montadoras têm oferecido excelentes condições de compra com parcelas fixas e juros zero. Cabe frisar que se você não tem muitas reservas ou não tem certeza de que continuará empregado, é melhor não fazer dívidas.
Quem faz um bom planejamento sempre gasta menos. Quanto mais cedo decidir o destino e começar a pesquisar, melhor. O ideal para gastar menos é tentar tirar férias fora da alta temporada, os preços são muito mais atrativos, mas, como nem todos podem fazer isso, o melhor é planejar e comprar seu pacote o quanto antes.
Creio que 2016 será um ano difícil. É importante estar preparado para cenários adversos, inflação e dólar altos. Infelizmente, 2016 parece estar repetindo 2015, mas, quem sabe as coisas podem mudar, afinal, no Brasil o ano só começa de verdade depois da quarta-feira de cinzas.
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