Pneu inteligente promete transformar a experiência do veículo na estrada
Desenvolvido desde 2017 pela Sumitomo Rubber Industries, o pneu inteligente foi anunciado em feira tecnológica americana; saiba mais
A última edição do Consumer Electronics Show (CES), evento da área de tecnologia ocorrido em janeiro na cidade de Las Vegas, nos Estados Unidos, trouxe um lançamento do “pneu inteligente” que promete melhorar significativamente a segurança e a eficiência dos veículos nas estradas.
Chamada de Sensing Core, a tecnologia foi apresentada pela japonesa Sumitomo Rubber Industries (detentora das marcas Dunlop, Falken e Sumitomo no Brasil), com o apelo de revolucionar a interação do carro com os pneus: agora, “mais inteligentes”.
Veja também:
Ford inova ao usar resíduos de oliveira na criação de peças ‘eco-friendly’
SKF lança nova embalagem para o mercado de reposição automotiva
Presidente e CEO da companhia, Satoru Yamamoto disse que o novo sistema é livre de sensores físicos, além de ser capaz de detectar condições adversas de rodagem, incluindo o desprendimento das rodas, o que seria um feito e tanto para a indústria automobilística.
Também por isso, o Sensing Core se destacou como uma das novidades mais aguardadas da CES 2024. Desde que foi anunciado em 2017, a invenção evoluiu de protótipo futurista, – embora promissor –, a produto palpável e de aposta supercomercial no setor.
A tecnologia base do Sensing Core
O Sensing Core é baseado no Deflation Warning System (DWS) da Sumitomo, que acumula mais de 50 milhões de unidades vendidas para 25 fabricantes de equipamentos originais (OEMs). O software DWS consegue detectar a situação dos pneus sem demandar a presença de hardware adicional ou sensores TPMS.
Não bastasse isso, uma parceria firmada com a Viaduct, empresa especializada em análises veiculares através de inteligência artificial, deve aperfeiçoar ainda mais o potencial de prognóstico do sistema atual.
O Sensing Core, assim como o DWS, utiliza um esquema indireto de monitoramento dos pneus a fim de observar os indicadores de rotação e identificar quaisquer alterações na pressão interna exercida sobre eles.
Além disso, sua instalação é flexível, adaptando-se tanto a sistemas autônomos na ECU (Eletronic Control Unit), central que recebe via sensores os dados dos automóveis, como a soluções conectadas à nuvem.
Meta global para 2024
No segmento, a expectativa é que o ano de 2024 seja decisivo para o Sensing Core, graças às funcionalidades ainda pendentes de lançamento. Durante os próximos meses, elas deverão complementar a gama final dos recursos.
Não à toa, a Sumitomo tem buscado expandir seus acordos, mesmo já tendo consolidado contratos com agentes de peso do mercado automotivo. Para tanto, pretende formar novas alianças estratégicas, visando aumentar a relevância da tecnologia.
“Precisamos fazer parceria com os fabricantes de veículos e gestores de frota para aplicar a ferramenta. Queremos crescer nos próximos seis anos. Definitivamente, existem metas para 2030 para que isso seja muito difundido”, afirmou o vice-presidente técnico da Sumitomo, David Johansen, em entrevista recente.
“Estão prevendo mais de 150 bilhões de ienes em negócios até 2030 com a venda do software para os OEMs”, acrescentou o executivo. Em conversão direta, essa quantia equivale a cerca de 4,95 bilhões de reais.
Compartilhe