Patrocinadora da competição sul-americana por 20 anos, a montadora japonesa premiava com carros os melhores de cada edição.
Como vocês, leitores, devem ter percebido ao longo da trajetória do Balconista S/A, uma das nossas funções é aquecer suas memórias. Neste texto, especialmente, juntamos duas das maiores paixões nacionais: carro e futebol.
De 1998 a 2017, a Toyota foi uma das principais patrocinadoras da Taça Libertadores da América – que até 2007 era oficialmente chamada “Copa Toyota Libertadores”. E ao término de cada edição, a fabricante entregava um carro aos grandes protagonistas do torneio.
Entre 1999 e 2007, o prêmio era destinado aos jogadores. Mas, a partir de 2008, foram os treinadores que passaram a ser agraciados.
Então, vamos relembrar os modelos e seus vencedores. Confira!
O sedã clássico da Toyota foi o prêmio mais repetido.
O primeiro vencedor foi o goleiro Marcos, destaque da conquista inédita do Palmeiras em 1999, sacramentada contra o Deportivo Cali (COL), no antigo Palestra Itália. Depois de “São Marcos”, o Corolla foi parar na garagem de vários outros jogadores e técnicos.
Outros três brasileiros ganharam esse modelo. A começar pelo infelizmente já falecido Fernandão, capitão do Internacional em 2006, após final memorável diante do São Paulo, no Beira Rio.
Quatro anos depois, o Colorado sagrava-se bicampeão contra os mexicanos do Chivas, também em Porto Alegre. O premiado da noite foi Celso Roth.
Em 2013, o Atlético/MG – o Galo Doido – de Ronaldinho, Victor e companhia desafiava os limites do imponderável e erguia a Taça Libertadores pela primeira vez, ao derrotar o Olímpia (PAR) no Mineirão. E para arrematar um dos roteiros mais espetaculares da história do torneio, o treinador Cuca também ganhou o seu Corolla.
Agora, confira os estrangeiros presenteados com o Corolla. Em todas as edições, vítimas brasileiras foram empilhadas, o que certamente gera calafrios até em várias torcidas país afora.
Óscar Córdoba (Boca Juniors, 2000): o primeiro prêmio do milênio foi para as mãos do goleiro colombiano, fundamental para impedir o bicampeonato do Palmeiras, calando um Morumbi lotado após disputa de pênaltis.
Sergio Órteman (Olímpia, 2002): grande destaque do time paraguaio que eliminou o Grêmio nas semifinais e desbancou a sensação São Caetano na final, ambos nos pênaltis. Por questão de detalhes, não tivemos Azulão contra Real Madrid no Mundial de Clubes!
Carlos Tevez (Boca Juniors, 2003): o Santos de Robinho, Diego e companhia encantava o continente, mas não foi páreo para o bicho papão argentino. O também menino Tevez roubou a cena no Morumbi. O Corolla estava em boas mãos. Vale lembrar que, ao longo da campanha do Boca, o Paysandu foi outra vítima brasileira.
Jhon Viáfara (Once Caldas, 2004): Quase ninguém conhecia a equipe colombiana, até ela “só” eliminar Santos, São Paulo e derrubar o Boca Juniors na decisão. Para o volante Viáfara, ainda teve um Corolla para fechar com chave de ouro.
Juan Román Riquelme (Boca Juniors, 2007): Logo após retornar da Europa, o craque argentino desfilou nos gramados sul-americanos, como fazia em sua primeira passagem no clube. Na final, ele simplesmente pegou o time do Grêmio e colocou no bolso, junto com a chave do seu Corolla.
Edgardo Bauza (LDU, 2008 / San Lorenzo, 2014): O técnico argentino levou a LDU do Equador ao título inédito ao derrubar o Fluminense no Maracanã lotado. Seis anos depois, ergueu seu segundo caneco – e recebeu o segundo Corolla – desta vez com o San Lorenzo (ARG), que deixou pelo caminho Botafogo, Grêmio e Cruzeiro.
Alejandro Sabella (Estudiantes, 2009): Por falar em Cruzeiro, a metade azul de Belo Horizonte sente calafrios ao lembrar uma certa noite no Mineirão, quando o Estudiantes comandado por Sabella virou o jogo, levantou o troféu e ganhou o seu Corolla, em mais uma final entre Brasil e Argentina.
Marcelo Gallardo (River Plate, 2015): Após dar partida em uma bela relação com a Libertadores, o treinador aproveitou o Corolla premiado para trilhar sua jornada que dura até hoje. E lá está o Cruzeiro novamente entre as vítimas.
Se formos chamar alguém de “Mister Libertadores”, muito provavelmente o detentor desse título será Juan Román Riquelme. E não é para menos.
Você já viu acima que ele abocanhou um Corolla; mas, antes, El Torero havia faturado uma Hilux após conquistar a Libertadores de 2001 diante do Cruz Azul (MÉX).
Nessa edição, o craque também deu muita dor de cabeça a vascaínos e palmeirenses, nas fases de quartas e semifinais, respectivamente.
Em 2005, a Toyota escolheu como prêmio a versão perua do Corolla, cujo destino foi a garagem do atacante Amoroso, grande estrela do São Paulo na goleada por 4 a 0 sobre o Athletico Paranaense na decisão no Morumbi, que garantiu o tricampeonato ao Tricolor.
Depois de se consagrar no São Paulo e tirar o Fluminense da fila no Campeonato Brasileiro, faltava uma coisa a Muricy Ramalho: conquistar a América.
Missão cumprida em 2011, comandando o Santos de Neymar, Paulo Henrique Ganso e companhia, diante do tradicional e valente Peñarol (URU). O técnico levou para casa uma RAV4.
Outro treinador a ganhar esse modelo foi o colombiano Reinaldo Rueda, campeão em 2016 com o ótimo time do Atlético Nacional, que havia eliminado o São Paulo nas semifinais.
Pela primeira e única vez, a versão esportivada do Corolla foi o prêmio da cerimônia. Igualmente inéditos foram o vencedor e o clube campeão: Tite e o Corinthians de 2012, finalmente “libertados” após derrotarem o sempre temível Boca Juniors, no Pacaembu.
Do outro lado, estava novamente Riquelme, pronto para pedir um tango no Fantástico caso o Timão vacilasse.
Por fim, recordamos o tri do Grêmio em 2017, ano do último prêmio concedido pela Toyota ao campeão da América.
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