O futuro é das bicicletas? Sua venda aumentou 40% no mundo em 2020. Por isso, a demanda por mecânicas especializadas e autopeças para bikes também cresceram.
A abertura para o mercado de bicicletas no Brasil começou na década de 90, com a chegada das mountain bikes e do triatlo, fazendo com que milhares de pessoas apostassem no ciclismo como modalidade esportiva. Esse período também ficou marcado pela instalação de indústrias estrangeiras em nosso território.
Na maioria das cidades urbanas, a construção de ciclovias tem sido um dos principais investimentos em mobilidade. Isso estimula um hábito que já é realidade, há muito tempo, no interior do País: a locomoção diária sobre duas rodas.
Além disso, a consciência ambiental incitada, sobretudo pelos mais jovens, alia-se à preocupação com o índice crescente de obesidade entre as crianças. Elas são mais uma razão para acreditar no impulsionamento do mercado das bicicletas e a demanda por ele criada, como serviços de manutenção.
Nas grandes cidades e metrópoles, as vias exclusivas para bicicletas têm sido encaradas como uma das soluções mais impactantes a fim de reduzir o caos no trânsito. Especialmente em 2020, devido à pandemia, o mercado de bikes foi superaquecido, principalmente após a Organização Mundial da Saúde (OMS) ter afirmado que locomover-se por meio de bicicletas era mais saudável e apresentava menor risco de infecção pelo novo coronavírus.
Segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), as vendas de bicicletas saltaram cerca de 40% no País em 2020, enquanto a produção delas cresceu 30% entre os meses de julho e agosto. Esses dados demonstram não apenas que as bikes vieram para ficar, como também apontam a necessidade de mecânicas especializadas e maior oferta de autopeças desse veículo.
De acordo com a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), houve, nos primeiros meses de 2020, uma queda significativa de 27% na venda de automóveis no Brasil. É nesse cenário, com o declínio das vendas, menor circulação de carros nas ruas e procura por opções mais sustentáveis de locomoção, que as bicicletas têm ganhado cada vez mais força no mercado.
Já a Associação Brasileira do Setor de Bicicletas (Aliança Bike) aponta que 89,2 mil unidades foram montadas entre agosto e setembro do ano passado; houve também um aumento de 93% nas vendas de bicicletas em agosto na comparação com 2019. No entanto, tamanho crescimento significa, consequentemente, uma procura intensa por serviços de manutenção, setor que só não cresce mais devido à falta de peças e suplementos.
Ainda segundo a Aliança Bike, foi observado aumento de 24% nos serviços de revisão e manutenção de bicicletas nas lojas e oficinas, constatando-se o impacto da pandemia no setor.
Embora a demanda por esse serviço tenha atingido um alto nível, a pesquisa também mostrou que a maioria dos lojistas enfrentam cancelamentos e adiamentos dos serviços de mecânica, seja por falta ou atraso de peças dos fornecedores.
Para que as bicicletas se tornem de fato dominantes no futuro da mobilidade urbana, será necessário não só uma maior oferta de oficinas e peças disponíveis para serviços de manutenção, mas também uma completa mudança de infraestrutura das cidades.
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