Segundo o Novovarejo, o Sindipeças (associação nacional dos fabricantes de autopeças no Brasil) revisou algumas das projeções para este ano, incluindo o valor de investimentos. A estimativa divulgada em fevereiro indicava aporte no setor de R$ 5,9 bilhões, o que representaria alta de 2,1% sobre os R$ 5,8 bilhões de 2023. Agora, a meta é chegar a R$ 6,2 bilhões, com expansão anual de 6,5%. Alguns fatores foram determinantes nessa revisão, entre os quais o Mover, Programa de Mobilidade Verde e Inovação, que gerou anúncios consecutivos de novos aportes das montadoras este ano, ampliando a confiança da indústria de autopeças quanto à continuidade de crescimento do setor.
No contexto do próprio Mover, que tem por objetivo principal avançar internamente no processo de descarbonização, também pesou no aumento dos investimentos a demanda pelas montadoras por localização de peças atualmente importadas a fim de atender à produção atual e futura de sistemas híbridos flex no País.
As projeções do Sindipeças são feitas a partir de consultas mensais aos associados, que têm indicado pré-disposição clara por maiores investimentos.
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No caso dos híbridos, informa a entidade, não só a Toyota que já produz modelos do tipo vem buscando nacionalizar produção de peças, mas também outras veteranas do mercado, como Stellantis e Volkswagen, que prometem lançar modelos híbridos entre este e o próximo ano.
Sem contar o interesse pelo fornecimento local de montadoras que estão chegando ao Brasil, como as chinesas BYD e GWM, conforme revela o próprio Sindipeças. O índice de nacionalização dessas marcas será relativamente baixo no começo, mas há interesse claro delas em ter autopeças produzidas no Brasil já no início de suas operações fabris por aqui.
Com relação aos demais itens das projeções, foi mantida a estimativa de alta de 4% no faturamento, de R$ 239,9 bilhões para R$ 249,5 bilhões. O nível de emprego sobe 2%, para 288,9 mil postos de trabalho.
O que também muda são as previsões de exportação e importação. Antes se previa alta das exportações e importações praticamente estáveis, quadro que se inverteu agora. As exportações devem cair e as importações tendem a crescer.
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