Sistema de suspensão: conheça sua importância para o veículo e os diferentes tipos
O sistema de suspensão garante segurança e conforto aos ocupantes.
O sistema de suspensão é um conjunto de itens que liga o chassi às rodas e garante a absorção de choques e impactos sofridos durante a movimentação do veículo. A suspensão fornece conforto para quem está na cabine e faz com que os quatro pneus encostem no chão, além de melhorar a performance da máquina.
Existem vários tipos de suspensão criados especificamente para cada modelo de veículo. É importante que o motorista conheça as características essenciais de funcionamento do sistema para identificar possíveis problemas.
Para garantir a segurança dos ocupantes, o sistema de suspensão deve impreterivelmente estar em boas condições. Sua vida útil é determinada pelas situações dos trajetos e a maneira de uso, mas, em geral, podem suportar cerca de 40 mil quilômetros rodados.
A suspensão é formada pelos seguintes itens:
- Amortecedores;
- Braço oscilante (bandeja de suspensão);
- Molas;
- Pivô;
- Coxim;
- Barra estabilizadora;
- Buchas de borracha.
Agora, iremos explicar a função de cada um.
Componentes do sistema de suspensão
Amortecedores
Os amortecedores têm a função de absorver impactos sofridos no trajeto. Essa peça atua junto às molas, diminuindo o tempo de oscilação delas. É de extrema importância cuidar do amortecedor, pois o conforto dos ocupantes da cabine está diretamente ligado a ele.
Quando a peça está com problemas, é possível identificá-los por alguns sinais, como ruídos, perda de estabilidade nas curvas e vazamento de fluidos.
Molas
Além de terem a mesma função do amortecedor, as molas também servem para regular a altura e sustentar o peso do veículo, impedindo que os pneus encostem na caixa de roda. Elas se dividem em dois tipos: helicoidal e feixe de mola.
Coxim
O coxim recebe os impactos sofridos pelo amortecedor e viabiliza a rotação da coluna de suspensão (onde estão os amortecedores e as molas). A partir daí, as rodas do veículo conseguem girar.
Barra estabilizadora
Peça que liga as duas colunas de suspensão e confere estabilidade ao veículo, como o nome sugere. Ela também é responsável por transmitir força de maneira equilibrada aos pneus.
Pivô
Também chamado de junta esférica, o componente permite que a coluna de suspensão gire em torno do próprio eixo e, por consequência, viabilize o movimento das rodas.
Braço oscilante (bandeja de suspensão)
Essa peça liga a coluna ao chassi, exercendo uma função de suporte do sistema. Trata-se do ponto de apoio inferior para a suspensão realizar os movimentos de descida e subida – por isso o termo “oscilante”.
Buchas de borracha
As buchas garantem que a bandeja de suspensão execute seu papel sem atrito, além de impedir a colisão entre os ferros das peças.
Tipos de suspensão
Suspensão ativa
Enquanto os tipos mais tradicionais – de caráter passivo – reagem às falhas através de parâmetros preestabelecidos por cada fabricante, a suspensão ativa é formada por sensores que coletam informações do solo do trajeto. Assim, o sistema age de acordo com as imperfeições detectadas.
Eixo rígido
Era o tipo de suspensão mais utilizado antigamente. Ele conta com uma barra – fixada ao chassi – que liga as duas rodas. Essa barra deixa o sistema bastante pesado, daí o termo “eixo rígido”.
Triângulo duplo
É um tipo de suspensão mais utilizada em carros esportivos, porque fornece mais estabilidade. Esse nome se justifica pelas duas barras em forma de “V”, formando uma figura semelhante a um triângulo.
Multilink
Inspirada no Triângulo Duplo, a Multilink se diferencia por possuir mais barras com espaços maiores entre elas.
MacPherson
Criada na década de 1940 por Earle Steele MacPherson, pode ser aplicada às suspensões traseira e dianteira dos veículos, sendo mais comum na segunda. Por conter poucas peças, trata-se de um tipo mais leve.
Suspensões modificadas
Existem as suspensões modificadas, que sofrem alterações por necessidade. Confira abaixo os tipos.
Suspensão fixa
Composta por amortecedores pressurizados com mais carga e com molas em menor tamanho, a suspensão fixa pode diminuir a altura da carroceria em relação às rodas. Desse modo, é o tipo mais utilizado para rebaixamento de veículos.
Suspensão de rosca
Ela é semelhante à suspensão fixa, exceto por possuir um prato regulável no amortecedor, tal qual a porca girando em um parafuso. Quando o prato se movimenta, a carroceria do veículo pode subir ou descer.
Sistema a ar
Essa é a modificação mais cara. Aqui, as molas convencionais dão lugar a bolsas que recebem o ar comprimido por um sistema de mangueiras. Dessa forma, a altura do veículo pode ser regulada a qualquer hora, esteja ou não em movimento.
Suspensão para GNV
Se o veículo é movido a Gás Natural Veicular (GNV), esse é o tipo de suspensão necessário. O cilindro de GNV, localizado na parte de trás, deixa a máquina no mínimo 100 kg mais pesada. Assim, é preciso trocar as molas traseiras por modelos mais resistentes.
A troca da suspensão e a manutenção preventiva
Assim como todas as peças de um veículo, o sistema de suspensão também requer manutenções preventivas. Embora existam diversas variantes, como a maneira com que o condutor dirige, além das condições da pista, o ideal é fazer as checagens a cada 10 mil km rodados .
Para descobrir problemas na suspensão, o motorista deve ficar atento não apenas a barulhos, mas também a eventuais modificações de conforto, aumento na distância de frenagem e deterioração antecipada dos pneus.
Um profissional qualificado saberá identificar caso a suspensão precise de manutenção ou, em casos piores, ser trocada. Por isso, não deixe de levar seu veículo regularmente a uma oficina de confiança.
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