Após rodar pela América do Sul, o Intercâmbio muda de ares e desembarca na Europa. Para ser mais específico, esta edição será sobre a vida de balconista na Holanda. Um país onde as bicicletas são mais importantes que os carros, mas ainda assim tem o seu valor.
Na Holanda, 27% de todas as viagens são feitas de bicicleta. A distância média percorrida por pessoa por dia é de 2,5 km. Os holandeses gastam quase 1 bilhão de euros por ano nesse meio de locomoção. O país possui 400 km de pistas para os ciclistas. A proporção de habitantes e bikes é de quase um para se ter uma noção. Nenhum outro lugar do mundo chega perto neste quesito da nação que tem boa parte de seu território abaixo do nível do mar.
A cidade é importante para a logística do país, já que faz parte da linha férrea que liga Amsterdã até Paris. Roosendaal é a última estação na Holanda antes dos trens entrarem na Bélgica. Além disso, a cidade abriga o Museu Tongerlohuys, onde são encontrados artefatos que contam a história da região, e o Indoor Skydive, um ventilador que simula a sensação de estar praticando a queda-livre de um avião.
Lá também funciona a autopeça CAR PARTS Roosendaal, que está aberta há um ano. Para saber mais como é a vida de balconista na Holanda, conversamos com o gerente da loja, o simpático Ahmet Erol, de 25 anos. Ele nos conta que trabalha seis dias por semana e que a concorrência na cidade é de mais outras duas lojas. “Nós temos quatro funcionários. E eu acho que precisamos de mais”, brinca.
Os pedidos da loja de Ahmet são de oficinas mecânicas e consumidores finais de Roosendaal e região, em torno de 30 km de distância da autopeça. O balconista nos conta qual é o pedido mais comum na autopeça: “Filtro de óleo, filtro de ar e pastilhas de freio são os componentes mais procurados por aqui. Eles acabam sendo as peças que mais são trocadas nos carros das pessoas que vêm aqui”.
As peças do estabelecimento de Ahmet vêm de grandes distribuidoras de componentes da Holanda. A CAR PARTS Roosendaal só trabalha com material novo e de ótima qualidade, garante o gerente. Elas devem ajudar os diversos modelos que andam pelas ruas holandesas.
“Os carros do Grupo Volkswagen (VW, Skoda, Seat e Audi) e os modelos da Renault e Peugeot acabam sendo as marcas mais vistas por aqui”, nos informa Ahmet sobre a variedade dos veículos utilizados pelos holandeses em Roosendaal.
Atualmente, nenhuma montadora de carros populares tem origem holandesa. Ainda assim, o país dos diques e moinhos já teve uma marca nacional. Ela ainda existe e faz muito sucesso na linha pesada: a DAF, uma das principais fabricantes de caminhões do mundo. Entre os anos de 1959 até 1976, a empresa fabricou veículos que preenchiam as ruas de todas as cidades da Holanda.
O primeiro carro de passeio da marca foi o DAF 600, um sedã. O modelo foi apresentado no Amsterdam Motor Show em 1958 e começou a ser produzido no ano seguinte. Ele vinha com o sistema de transmissão continuamente variável batizado pela montadora de Variomatic. As polias na transmissão se expandem e contraem, dependendo da velocidade, das condições da estrada e da demanda do motorista automaticamente. Ficou conhecido como o “veículo mais fácil do mundo para se dirigir” na época, já que funcionava similarmente a um automático, apenas com acelerador e freio.
Depois do 600, vieram outros modelos: Daffodil, 750, 33, 46, 55 e 66. Quem se destacou foi o DAF 44, que está na memória por ter sido desenhado por Giovanni Michelotti, um dos principais designers de esportivos do século 20.
A Volvo acabou adquirindo a DAF e retirou os modelos da marca holandesa do mercado. O 66 foi substituído pelo Volvo 66. Em 1976, foi lançado o Volvo 343, que originalmente iria para as ruas com o nome de DAF 77, o último veículo de passeio com a assinatura da montadora de Eindhoven.
Aos amantes das quatro rodas, a DAF preserva o seu legado em um museu da marca na cidade de Eindhoven. No lugar, a montadora expõe os carros que fizeram parte da sua história assim como os caminhões, linha que mantém a empresa ativa no mercado de veículos até os dias de hoje.
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