Alta nos preços: carros devem ficar ainda mais caros em 2022
Tabela de valores segue sofrendo reajustes desde o primeiro dia do ano.
A pandemia do Covid-19, a alta do dólar e desvalorização da moeda nacional, entre outros fatores, causaram grande aumento no preço dos carros e de todos os materiais que os compõem.
Esse movimento ocorre ao menos desde o ano passado, manifestando-se pelos valores absurdos dos combustíveis, em caminho paralelo com a crescente inflação.
Preços dos produtos
Um dos fatores que gerou essa alta e deve continuar a contribuir para isso são os produtos usados na fabricação. O aço, por exemplo, teve o preço dobrado, além de adquirir maiores taxas nos fretes marítimos.
Outro episódio determinante foi a escassez de semicondutores: a falta dos pequenos chips afetou em grandes escalas as produções nacionais e internacionais de veículos. Diversos países ainda estão sofrendo com o problema, sem previsão de retomada plena do estoque.
Além da alta no preço, os compradores ainda esperam por períodos maiores para terem seus carros em mãos. Isso porque, com a falta de peças, os veículos demoram mais a ficarem prontos e, consequentemente, a serem entregues.
Reajustes na tabela FIPE
A Tabela FIPE é a principal referência no mercado de carros seminovos e usados. Neste ano, diversos modelos tiveram reajuste nos valores mais de uma vez em curtos períodos, inclusive o Fiat Mobi, um dos mais baratos para 2022.
Trata-se de um efeito dominó. Como consequência do aumento nos 0 km, os valores dos seminovos e usados também vêm crescendo.
Operações das fábricas
Ao longo de 2021, várias fábricas pararam de operar de forma integral – algumas devido à volta do lockdown em alguns estados no início do ano; outras pela falta de componentes.
Com a baixa demanda de veículos e a escassez de semicondutores, algumas trabalharam por muito tempo em apenas meio período, retomando só nos últimos meses a rotina convencional.
Ao contrário do esperado
E o efeito dominó não para. Outra consequência é vista no IPVA, cujos valores subiram cerca de 30%. Assim, as fabricantes acreditam que os consumidores devem seguir o ritmo de 2021 e não priorizar a compra de veículos.
Mas a expectativa parece ter sido contrariada. Diversas pesquisas apontam a intenção em trocar de carro este ano – sejam modelos novos ou usados -, algo estimulado pela retomada gradual da circulação de pessoas.
Portanto, apesar da disparada dos preços, talvez não se trate de um cenário de terra arrasada.
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