Após décadas de alta popularidade, Fiat Uno se despede com uma série limitada de apenas 250 unidades.
Um dos mais populares carros brasileiros, o Fiat Uno marcou diversas gerações e foi produzido no País por 37 anos, conquistando os consumidores pela sua versatilidade. E ao fim de 2021, a Fiat anunciou o encerramento da produção do seu histórico modelo.
Como versão de despedida, o Uno Ciao (em alusão à palavra ‘adeus’, em italiano) conta com apenas 250 unidades produzidas para venda.
A linha limitada chega ao Brasil em 2022 para ser vendida, a princípio, pelo preço-base de R$ 84.990,00, números bem altos em se tratando de um carro tradicionalmente popular. A justificativa gira em torno justamente do legado deixado ao longo do tempo, somando-se ao fato de ser a sua última versão.
Por mais que a primeira fábrica da Fiat no Brasil tenha sido instalada em 1976, em Minas Gerais, o sucesso com a fabricação do Fiat Uno veio a ocorrer somente oito anos depois. A partir de lançamentos como o Fiat 147, o objetivo com o Uno passou a ser o de competir em vendas com o Volkswagen Fusca, líder do mercado à época, enquanto opção barata e popular.
Seu design mais quadrado era a grande novidade naquele momento, trazendo mais funções aerodinâmicas e maximizando o espaço interno do veículo, exclusivamente desenhado pelo italiano Giorgetto Giugiaro em seu estúdio ItalDesign.
Com o conceito de “pequeno por fora, grande por dentro” e também chamado de “botinha ortopédica”, não tardou para que o Uno conquistasse o coração dos consumidores. Em 1987, o modelo ganhou sua primeira versão esportiva.
O hatch nomeado de 1.5 R era o mais rápido da época ao acelerar dos 0 aos 100 km/h em 12 segundos.
Na virada para a década de 1990, a Fiat dava início à famosa linha Uno Mille. Populares até hoje, a versão do hatch se encaixava na lei que reduzia o IPI de carros com motores menores que 1.000 cm³. O pioneiro compacto tinha potência de apenas 48 cv e torque de 7,4 kgfm. Em 1994, foi a vez do Uno Mille ELX, o primeiro carro popular com equipamentos adicionais, como ar-condicionado.
No mesmo ano, a Fiat lançou o Uno 1.4 Turbo, o primeiro veículo nacional a contar com motor com turbocompressor importado da Itália, carregando 118 cv de potência e 17,5 kgfm de torque. A máquina era capaz de ir de 0 a 100 km/h em 9,2 segundos e tinha velocidade máxima de 195 km/h.
O próximo passo ocorreu em 2010, quando a Fiat acrescentou mais curvas e bordas arredondadas ao formato tradicionalmente quadrado. Desenvolvidos 100% em solo brasileiro, o modelo também oferecia customizações.
Cores vibrantes, adesivos e outros acessórios que chamavam atenção foram as novidades das suas versões Way e Sporting, cujos motores, porém, ainda eram os antigos 1.3 e 1.4.
Em 2013, a primeira geração do Uno foi extinta, pois o modelo não estava de acordo com as leis de airbag e freio ABS. Como despedida, a Fiat lançou a versão Grazie Mille.
No ano seguinte, o Uno recebeu um upgrade e passou a contar com sistema start-stop em seu visual, incomum em carros hatch populares e vista apenas em veículos de luxo importados. Essa foi a versão Uno Evolution.
Por fim, em 2016, a novidade foram os motores da família Firefly – de 3 cilindros de 1 litro, com até 77 cv – e do 1.3 aspirado, de até 109 cv, que equipam atualmente carros como o Fiat Argo e o Fiat Strada. Já a linha Uno Ciao deve vir com os motores 1.0 Fire EVO de 77 cv.
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