Chevrolet Chevette: um nome que carrega história

 Chevrolet Chevette: um nome que carrega história

O Chevette foi comercializado por 20 anos no país, com mais de 1,6 milhão de unidades vendidas

Quando os planos de construir o Chevette iniciaram, talvez você nem tivesse nascido. É verdade que o carro saiu às ruas em 1973, mas a ideia de fabricar o sedã veio 11 anos antes. Na época, a GM já imaginava o seu “veículo de passageiros de médio-pequeno porte”.

No entanto, antes de seu desenvolvimento, a montadora andava bastante ocupada com outras tarefas. Isso porque, em 1965, a GM investiu U$ 102 milhões que incluíram uma nova fábrica de motores em São José dos Campos (SP), a duplicação da fundição, um novo setor de estamparia e uma linha de montagem.

Naquele mesmo ano, a marca lançou no Brasil o Chevrolet Caprice, modelo de porte grande, conhecido por ter sido a escolha de muitos taxistas e policiais para seus ofícios. Diante desses fatores, a atenção só seria voltada ao Chevette na década de 1970, em resposta à crise do petróleo que assolava o mundo no período.

Com uma diminuição geral das vendas automotivas, a empresa precisou pensar em um modelo com maior eficiência e economia de combustível. Logo, o “médio-pequeno porte” voltou à mente dos diretores corporativos. Assim nasceu o Chevette, correspondente à 3ª geração do Opel Kadett, inclusive chegando ao Brasil antes do seu lançamento no mercado estrangeiro

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Foto: Heycar News

Variações do Chevette por países

O Chevette teve diversos equivalentes pelo mundo, trazendo sutis diferenças na mecânica. Se nos Estados Unidos preservou-se o nome, na Alemanha, por exemplo, usava-se o próprio Opel Kadett C, que inspirou o Chevette.

Do outro lado do globo, novas variações. Na Austrália, coube ao Holden Gemini exercer este papel, enquanto o representante da Coreia do Sul era o Daewoo Maspey.

Voltando às nossas terras, citamos o Uruguai, em cujas ruas circulavam os modelos do Grumett.

Derivados do Chevette

Assim como muitos carros de destaque, o Chevette também inspirou o nascimento de outros modelos. Em 1980, surgiu no Brasil a Marajó, uma versão station wagon (perua) de duas portas. No exterior, esse veículo era comercializado com o nome Opel Kadett Caravan. 

Foto: Wikimedia Commons

Nove anos depois, desembarcava por aqui a quinta geração alemã do Kadett, incluindo uma versão perua, o que contribuiu para o encerramento da produção da Marajó. Além do sedã de duas portas, hatch, quatro portas e a perua, podemos observar traços do Chevette também no ramo das picapes, com o lançamento do Chevy 500, em 1983.

Nesse quesito, a concorrência era grande, com a presença de Volkswagen Saveiro, Fiat City e Ford Pampa no mercado. Esta última, por sinal, liderou as vendas por quase toda a década de 1980. 

Mas, entre as rivais, a Chevy 500 era a única que possuía tração traseira, além do bom desempenho em terrenos acidentados, como estradas de terra e lama.

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Foto: Wikimedia Commons

Chevette para dirigir e beber

A produção do Chevette no Brasil durou 20 anos na fábrica de São José dos Campos, com mais de 1,6 milhão de unidades comercializadas. Um sucesso! Não à toa, ele segue como um dos mais queridos da nossa história automotiva.

Aliás, tão querido que recentemente até ganhou um drink em sua homenagem. Em alguns bares de São Paulo, se você pedir um “Chevette”, receberá uma bebida alcoólica com limão, água de coco e baunilha. Já ouviu falar?

Mas nunca é demais reforçar: se beber (Chevette ou qualquer outro drink), não dirija (Chevette ou qualquer outro carro)! 

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