Shirley Muldowney foi a primeira piloto a vencer dois – e depois três – títulos da Top Fuel Drag Racing.
O Balconista S/A dá sequência à série que destaca mulheres que fizeram – e fazem – história no automobilismo. Em uma modalidade majoritariamente masculina, é importante lembrar que o gênero oposto também demonstra inúmeras virtudes sobre quatro rodas.
Nosso segundo nome é a estadunidense Shirley Muldowney, ex-piloto da Top Fuel Drag Racing, competição de arrancada organizada pela NHRA. Sua trajetória provou que as mulheres podem garantir um lugar nas pistas e não fazer mera figuração.
O sucesso da norte-americana é um fator de estímulo ao debate sobre a inclusão das mulheres nesse universo, encorajando ainda mais aquelas que sonham um dia acelerar nos autódromos.
Vamos então dar a partida e conhecer Shirley Muldowney.
Shirley Muldowney nasceu em 19 de junho de 1940, em Burlington, estado de Vermont, e não tardou a entrar no universo do automobilismo. Ainda na adolescência, começou a participar de corridas de rua, e, aos 16 anos, casou-se com Jack Muldowney, este em início da sua carreira como designer. Foi ele quem desenvolveu o primeiro dragster (carro da Top Fuel Racing) da esposa.
Para quem não sabe, um dragster pode alcançar 539 km/h, percorrendo uma distância de 305 metros em apenas 4 segundos.
A primeira vitória de Muldowney em uma prova da Top Fuel veio em 1977, um feito tão grande que lhe rendeu até mesmo o reconhecimento oficial da Câmara dos Representantes norte-americana. Daquele ano até 1982, foram três títulos na categoria, tornando-se a primeira pessoa a alcançar essa marca. Detalhe: na segunda conquista, também se tratava de uma marca inédita. Ou seja, ela bateu o próprio recorde.
Shirley Muldowney ocupa a quinta posição entre os 50 melhores pilotos da NHRA que atuaram entre 1951 e 2000. Ao todo, ela venceu 18 eventos da modalidade.
Shirley Muldowney (de cor-de-rosa) acelerando para conquistar o Top Fuel pela terceira vez, em 1982.
Em 2003, há algum tempo consolidada como uma lenda das pistas, Muldowney se aposentou do automobilismo, e, dois anos depois, entrou para o Hall da Fama Automotivo dos EUA.
Qualquer mulher que marque presença em universos dominados por homens estará sujeita, infelizmente, à discriminação; afinal, ao contrário do que ocorre literalmente nas pistas, a sociedade nunca pisou forte no acelerador para superar essa mazela.
No entanto, é por essa inserção feminina que torna-se possível incentivar outras mulheres a fazerem o mesmo, desde que, paralelamente a isso, todos busquemos na prática alterar uma cultura bastante solidificada.
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