Sucesso de vendas, o Fiat 147 foi o famoso “chassi 000001” da montadora italiana no Brasil.
No universo das quatro rodas orbitam carros para todos os gostos. Falando especialmente de quem curte os modelos antigos, vale destacar um que possui lugar cativo no coração dos amantes de automóveis: o Fiat 147.
Continue a leitura para conhecer (ou recordar) fatos importantes da história desse icônico hatch que registrou um total de 536.591 unidades vendidas durante seus 11 anos de fabricação.
Derivado do Fiat 127, o 147 foi o primeiro carro produzido pela marca no Brasil, estreando no mercado em 1976, portanto três anos após a fabricante iniciar suas atividades por aqui. Sua versão abrasileirada atenderia as necessidades para se mover num território tão extenso.
Pequeno, robusto e dono de uma mecânica simples, o Fiat 147 proporcionava baixo custo de manutenção, sendo bastante econômico em comparação a outros veículos nacionais na época. Isso não significa, porém, que o projeto do hatch não era tecnológico. Pelo contrário.
O 147 contava com algumas peculiaridades que até mesmo seus contemporâneos de luxo não tinham. Sua disposição transversal do conjunto motor e câmbio, por exemplo, era algo inédito no Brasil. Além disso, o carro possuía uma correia dentada para acionar o eixo comando de válvulas do motor, tecnologia da qual só o Chevrolet Chevette e o VW Passat desfrutavam.
Suas suspensões eram independentes nas quatro rodas e traziam um resistente feixe de molas disposto na transversal, garantindo estabilidade nas curvas e alta durabilidade do sistema. Assim como o Passat e o Chevette, a direção do 147 também apresentava pinhão e cremalheira entre os componentes.
Já em relação ao consumo médio, a princípio, o 147 percorreria 12 quilômetros por litro, mas logo em sua estreia o veículo conseguiu atingir 14 km/l durante teste na Ponte Rio-Niterói. Esse feito se tornou propaganda para comprovar o bom desempenho do carro no mercado.
O segundo membro da família veio em 1977: o Fiat 147 L. A sigla L significava ‘Luxo’ e entregava 56 cv de potência bruta, além de transmissão manual de 4 marchas. Outro marco inédito foi o Fiat 147 Rally, que inaugurou o motor de 1300 cilindradas, 72 cv e 11 kgfm de torque.
Na década de 1980 vieram versões especiais para o transporte de cargas, como a Furgoneta e a Pickup, sendo a última um membro da linha Gran Luxo (GL).
Apesar do enorme sucesso, o veículo não estava imune a reclamações, o que inclusive deu origem ao trocadilho com o seu nome: os 147 problemas.
Uma das queixas eram motivadas pela dificuldade do motor 1500cc em se comportar nas subidas. Nessas horas, segundo alguns relatos, a fumaça era tanta que até saía pela borracha da alavanca de marcha.
Também compunham a gama de críticas o ‘pulo’ da marcha, que às vezes ia diretamente da segunda para a quarta, atrapalhando o engate da terceira. Outro problema era o cheiro de gasolina, que, de tão forte, entrava na cabine e impregnava nas roupas e cabelos dos ocupantes.
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