História

McLaren: conheça a trajetória de uma das gigantes da F1

Com quase 60 anos de história, a McLaren traz na bagagem 12 títulos mundiais e 8 de construtores.

Inicialmente nomeada de Bruce McLaren Motor Racing Ltd., a equipe britânica foi fundada em 1963 pelo neozelandês Bruce McLaren, primeiro piloto da escuderia que estreou na Fórmula 1 três anos depois, no Grande Prêmio de Mônaco.

Não tardou para que a McLaren dissesse ao que vinha. Já em 1968 – apenas dois após debutar na categoria máxima do automobilismo – a equipe conquistou sua primeira vitória em uma prova. O feito coube ao seu fundador, Bruce.

Foto: Reprodução

Antes das grandes conquistas, porém, houve uma tragédia. Em 1970, durante sessão de testes com seu carro Can-Am no autódromo de Goodwood (ING), Bruce sofreu um acidente fatal. Motivo: o “capot” traseiro do veículo se soltou, fazendo o piloto de 32 anos perder o controle até bater em alta velocidade, falecendo instantaneamente.

Primeiros títulos

Chegamos a 1974, quando a McLaren ganhou o reforço que faltava para alcançar seu primeiro título: o brasileiro Emerson Fittipaldi, campeão pela Lotus dois anos antes. Na primeira temporada pela equipe britânica, Fittipaldi estourou a champanhe; de quebra, a escuderia também venceu o mundial de construtores.

Em 1976, mais um título, desta vez com o piloto James Hunt após derrotar Niki Lauda, da Ferrari, por apenas um ponto. 

Foto: Arquivo pessoal

1984-1991: A era de ouro da McLaren

Em oito temporadas, a McLaren venceu sete delas, tanto pilotos quanto construtores. Definitivamente, trata-se da era de ouro da escuderia, e mais uma vez com participação brasileira: Ayrton Senna, tricampeão em 1988, 1990 e 1991.

Niki Lauda (1984) e Alain Prost (1985, 1986 e 1989) foram os outros vitoriosos da McLaren comandada por Ron Dennis, chefe da equipe até 2009.

Foto: Reprodução

Vale destacar que esse período marcou uma das maiores rivalidades da história da F1, protagonizada pela dupla Senna-Prost. Os amantes do automobilismo devem ter perdido a conta de quantas corridas memoráveis ambos proporcionaram. 

Foto: Reprodução

Pequeno jejum e bicampeonato

Após os títulos de Senna, a McLaren passou seis temporadas sem estourar a champanhe. Em 1995, foi iniciada uma parceria com a Mercedes, cujos frutos não vieram de imediato.

Foto: Reprodução

Só dois anos depois houve o reencontro com o pódio, já com novo visual dos carros devido ao fim da parceria com a Marlboro. Coube ao finlandês Mika Häkkinen encerrar o jejum com o bicampeonato em 1998 e 1999, transformando a McLaren na maior vencedora da história da F1 à época.

Foto: Divulgação F1

Escândalos e um único título no século XXI

Mal começou a década de 2000 e a Ferrari chegou atropelando. Nos cinco primeiros anos, a escuderia italiana dominou os campeonatos com Michael Schumacher. Entre 2002 e 2006, Kimi Räikkönen era o piloto número 1 da McLaren, e, apesar do ótimo desempenho individual, o (mais um) finlandês só conseguiu ser campeão em 2007, quando estreou pela Ferrari.  

Para a vaga de Räikkönen, a McLaren apostou em campeões: Fernando Alonso, dono dos últimos dois títulos da F1 pela Renault, e o jovem Lewis Hamilton, então vencedor da Fórmula 2

No entanto, 2007 foi marcado pelo escândalo envolvendo os pilotos e engenheiros da equipe. Alonso expôs um esquema de espionagem dos construtores, ao que a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) reagiu excluindo a escuderia do campeonato de construtores, além de demitir os envolvidos.

O canto do cisne da McLaren aconteceu em 2008, com a primeira conquista de Hamilton. Mas os escândalos persistiam a ponto de, logo no ano seguinte, o chefe da escuderia, Ron Dennis, deixar o cargo que ocupava desde 1980, dando lugar a Martin Whitmarsh.

Foto: Divulgação F1

Sai Mercedes, volta Honda

Em 2015, a McLaren retomou a parceria com a Honda, sob a expectativa de reeditar uma dupla que deu tão certo na década de 1980 e no início da de 1990. Mas, na prática, foram três anos de fracasso. Em 2018, a aposta da vez foi a Renault, com quem ao menos terminou a temporada em 3º lugar, algo que não ocorria desde 2012.

A McLaren na atualidade

Retorno da Mercedes

Velha conhecida, a Mercedes retornou à McLaren em 2021 sinalizando um futuro promissor. Foram cinco pódios para a equipe durante a temporada. Parece pouco, mas a escuderia conseguiu em um único ano algo que, antes, havia demorado entre 2014 e 2020 para alcançar.

O que esperar de 2022?

Lando Norris e Daniel Ricciardo seguem como dupla para 2022. Ambos são grandes apostas a longo prazo da McLaren, que pretende retornar aos postos mais altos após tanto tempo de espera. 

O ano passado nos brindou com uma das mais acirradas disputas da história, vencida nos instantes finais por Max Verstappen contra Lewis Hamilton. Sob imensa expectativa – inclusive com mudanças nas regras – a próxima temporada começa no Grande Prêmio do Bahrein, em 20 de março.

Leia também: Como a F1 pretende se tornar carbono zero sem perda de potência.

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