O intuito da Mission 44 é formar docentes nas áreas das ciências, buscando maior inclusão dos negros do setor e inspirar jovens que querem seguir carreiras acadêmicas.
Não é de hoje que o heptacampeão mundial de Fórmula 1, Lewis Hamilton, se firmou como voz ativa na defesa dos direitos da população negra. A aparição recente de maior impacto certamente ocorreu em 2021, quando o piloto anunciou um projeto que visa a formar 150 professores negros nas áreas STEM (Sistema de Ensino de Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática), em parceria com a fundação Teach First.
De acordo com a divulgação oficial, a Mission 44 terá um aporte de R$ 140 milhões e cumprirá um cronograma neste e no próximo ano, com foco nas comunidades mais carentes na Inglaterra. Relatório do programa ressalta que a ausência de professores negros nas matérias citadas limita o engajamento de estudantes negros em tais áreas.
Segundo a Mission 44, a falta de representatividade e os padrões comportamentais interferem em todos os parâmetros da sociedade, especialmente em relação à falta de apoio ao desenvolvimento dos jovens.
A Comissão Hamilton informa que, entre os 500 mil docentes do Reino Unido, somente 2% são de origem negra, e 46% dos colégios da Inglaterra não possuem diversidade racial entre os professores.
“Eu fui um dos cinco ou seis alunos não brancos; então, não havia uma figura negra representativa. Por isso, foi muito difícil sentir que pertencíamos àquele lugar. Inclusive, alguns professores já chegaram a me dizer ‘você nunca vai alcançar nada’, mas nunca acreditei nisso”, revelou Lewis Hamilton.
Vale destacar que o Mission 44 não é o único projeto com participação do piloto. Há também o Ignite, cujo intuito é oferecer oportunidades acadêmicas para pessoas negras trabalharem no automobilismo. Além disso, temos o Mulberry STEM Academy, que apoia meninas entre 7 e 18 anos, pertencentes a grupos minoritários.
Também nunca é demais lembrar o dia em que Hamilton usou um capacete colorido durante os treinos livres para o Grande Prêmio de Doha, no Catar. O equipamento trazia a pintura de um arco-íris, símbolo do movimento LGBTQIA+, público que sofre enorme discriminação no país, inclusive pela Lei.
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